Albert von Rothschild (29 de outubro de 1844 11 de fevereiro de 1911), mecenas, barão, empresário e membro da família de banqueiros Rothschild da Áustria.
No século 19, o patrimônio dos Rothschild incluía bancos, ferrovias, fábricas de aço e minas de carvão. Por meio de casamentos de interesse, fundaram uma espécie de clã multinacional, que se espalhava pela Alemanha, Áustria, França e Inglaterra.
Dentro das fronteiras do império austro-húngaro, os dois expoentes da família nessa época eram Nathaniel, um bon vivant, e Albert, que geria os negócios. Não raro a família recebia a imperatriz Elizabeth, a famosa Sissi retratada nos filmes, como hóspede em uma de suas casas de campo. Cultos e refinados, como bons Rothschild, os barões eram colecionadores compulsivos. Tanto que, para acomodar as peças que compravam, tiveram de construir dois palácios nas proximidades de Viena, onde já possuíam cinco.
Um dos sonhos de Nathaniel e Albert era formar uma coleção de arte capaz de rivalizar com s dos Medici, os célebres mecenas do renascimento italiano. Ás vésperas da II Guerra Mundial, a família, de origem judaica, tornou-se um alvo fácil para o ditador alemão Adolf Hitler, que se apropriou de suas fábricas, bancos e obras de arte.
Confiscada em 1938 pelos alemães, boa parte da coleção dos barões permaneceu escondida durante a guerra em minas de sal perto da antiga Checoslováquia. Em 1947, depois da vitória aliada, o governo austríaco tomou posse do acervo, guardando-o em seus principais museus e bibliotecas. No mês de fevereiro de 1999, Bettina Looram-Rothschild neta do barão Albert recebeu de volta seus bens, juntamente com um pedido formal de desculpas da Áustria.
(Fonte: Veja, 14 de julho de 1999 – ANO 32 – N° 28 – Edição 1606 – ARTE – Pág: 148/149)