Foi o criador da camisa canarinho da Seleção Brasileira
Garcia Schlee, escritor e criador da camisa da Seleção Brasileira
Um dos maiores contistas da literatura gaúcha
Aldyr Garcia Schlee (Jaguarão, Rio Grande do Sul, 22 de novembro de 1934 – Pelotas-RS, 15 de novembro de 2018), foi o criador da camiseta amarela da seleção brasileira, foi ele quem venceu um concurso para determinar as cores do uniforme do Brasil em 1953. Ele era escritor, jornalista, desenhista e professor.
Aldyr Garcia Schlee, autor de mais de dez livros e conhecido por ter criado a camisa canarinho, da Seleção Brasileira, nascido em Jaguarão, era escritor, jornalista, desenhista e professor.
Como escritor, chegou a receber o prêmio Açorianos de Literatura, em 2011, na categoria narrativa longa com o romance ‘Don Frutos’. Neste ano, ele foi homenageado, junto com Lya Luft, pelo conjunto da obra.
Seleção Brasileira
Aldyr também foi o criador do uniforme da Seleção Brasileira, que virou um ícone mundial: a camisa canarinho, escolhida por meio de um concurso e apresentada pela primeira vez em 1954. A ideia era substituir a camisa branca do trágico “Maracanazo”, quando a Seleção foi derrotada em pleno Maracanã pelo Uruguai, por 2 a 1, no quadrangular final da Copa de 1950. Ironicamente, ele se declarava torcedor do Uruguai.
Em 1953, ele participou de um concurso promovido pelo jornal ‘Correio da Manhã’, do Rio de Janeiro, que escolheria novas cores para o uniforme da seleção brasileira. Três anos antes, o país havia perdido o título mundial para o Uruguai, e a camisa branca usada no ‘Maracanazo’ seria aposentada em favor de novos modelos.
Sua ideia, na época inovadora e hoje usual aos olhos de quem vê a Seleção Brasileira, foi de colocar as cores da bandeira nacional no fardamento: camisa amarela com detalhes em verde, calção azul e meias brancas. O primeiro exemplar foi mostrado em 1954.
Na época, Schlee fazia caricaturas de jogos de futebol para jornais de Pelotas. Após mais de cem esboços, ele chegou ao modelo que nas décadas seguintes se tornaria a camisa mais reconhecida do esporte internacional.
Após o concurso, a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) oficializou o uniforme e estreou a novidade em 1954. Como prêmio, Aldyr ganhou o equivalente a R$ 20 mil e um estágio no próprio Correio da Manhã.
Em 2016, ele foi escolhido orador da 44ª Feira do Livro de Pelotas. Na edição daquele ano, a feira marcou um século da morte do escritor pelotense João Simões Lopes Neto. Pela primeira vez o patrono foi um personagem, o vaqueano Blau Nunes, narrador da segunda obra de Simões. “É algo que eu não poderia abrir mão. Tenho uma ligação e um contato muito grande com a obra de Simões e quero falar muito de Blau Nunes: esse é a tradição viva do gaúcho e por isso é eterno”, disse Schlee sobre sua indicação.
Carreira
Aldyr Garcia Schlee completaria 84 anos no próximo dia 22. Além de escritor, era jornalista, tradutor, Doutor em Ciências Humanas e professor universitário de Direito Internacional, por mais de 30 anos, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Também fundou a Faculdade de Jornalismo na Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
Em 1963, ganhou o prêmio Esso de jornalismo por reportagem sobre o xisto betuminoso no Rio Grande do Sul. Recebeu duas vezes o prêmio da Bienal de Literatura e outros seis do Açorianos (1997, 1998, 2001, 2010, 2011 e 2013).
Aldyr Schlee, de 83 anos, faleceu em 15 de novembro de 2018, em Pelotas-RS.
Aldyr Schlee lutava há dez anos contra um câncer de pele e estava há dez dias internado no Hospital Beneficência Portuguesa de Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul.
(Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/esporte/2018/11/16 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS / ESPORTE / Do UOL, em São Paulo – 16/11/2018)
(Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2018/11/16 – RIO GRANDE DO SUL – NOTÍCIA / Por RBS TV – 16/11/2018)