Cronista do regime stalinista
Aleksei German (Leningrado, atualmente São Petersburgo, 20 de julho de 1938 – São Petersburgo, 21 de fevereiro de 2013), cineasta russo, considerado um ícone do cinema soviético e russo.
Diretor de “Vinte dias sem guerra”, ele foi censurado durante a carreira.
Aleksei German nasceu em 20 de julho de 1938 em Leningrado, atualmente São Petersburgo. Ele era filho do escritor e roteirista Yuri German.
Censurado em várias oportunidades, German dirigiu filmes como “Vinte dias sem guerra” (1976) ou “Meu amigo Ivan Lapshin” (1984).
Conhecido por seus filmes sobre a era stalinista na União Soviética.
Alexei German ganhou destaque internacionalmente por seu filme de 1986, “Meu amigo Ivan Lapshin”, sobre um investigador de polícia que luta contra uma gangue criminosa.
Na época, autoridades proibiram o lançamento do filme por dois anos pela representação realista da vida soviética, na esteira do terror stalinista dos anos 1930.
“Khrustalyov, My Car”, uma narrativa grotesca sobre os últimos dias de Stálin, teve uma produção conturbada e foi recepcionado de maneira hostil no festival de Cannes em 1998. Mais tarde, porém, o filme alcançou o status de cult.
Aleksei German morreu dia 21 de fevereiro de 2013, aos 74 anos, em São Petersburgo, Moscou.
“Aleksei German era um monstro sagrado do cinema soviético e russo, o último herdeiro da cultura soviética de elite”, declarou à agência France Presse o crítico de cinema Mikhail Trofimenkov.
A morte de German, discípulo de célebres cineastas soviéticos, como Grigori Kozintsev e Gueorgui Tovstonogov, marca “o fim de uma época”, completou.
“Era único. O que mais se pode dizer sobre o talento artístico deste homem?”, declarou o cineasta Alexander Sokoruv.
“Cada um de meus filmes fez com que fosse demitido do estúdio em que trabalhava, mas, depois de algum tempo, me propunham um novo projeto”, afirmou German em 2008, durante os Encontros Cinematográficos de Seine-Saint-Denis (França).
“A incompetência dos funcionários que têm que aplicar as leis russas suaviza a dureza das mesmas”, completou.
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/02 – Pop & Arte – CINEMA – Da AFP – 21/02/2013)
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Edição n° 17.305 MEMÓRIA – 24 de fevereiro de 2013 – Pág; 34)
(Fonte: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2013/02/21 – Do UOL, em São Paulo – 21/02/2013)
com informações da AP