Respeitável pintor do barroco italiano
Alessandro Magnasco (Gênova, 4 de fevereiro de 1667 – Gênova, 12 de março de 1749), pintor de exemplares consideráveis da pintura italiana barroca. Alessandro Magnasco, foi um dos mais influentes e respeitável pintor do barroco italiano.
Magnasco possui exemplares no acervo, como das telas da coleção brasileira que faz parte do Museu do Louvre, e também faz parte da Academia Imperial de Belas Artes, hoje Museu Nacional de Belas Artes, durante quase 200 anos, as obras repousaram no anonimato e foram relegadas ao segundo escalão da hierarquia do acervo.
Na época, os pintores reproduziam, eles mesmos, os quadros que faziam sucesso. Portanto, a Morte de um Santo, de Magnasco, que o MNBA possui o estudo original feito pelo pintor para compor uma tela maior, hoje está nas mãos de um colecionador inglês. Foi copiada pelo próprio autor e veio parar no museu brasileiro.
Quando desembarcou no Rio de Janeiro, em 1808, fugindo das tropas de Napoleão, dom João VI trouxe na bagagem pinturas que ornamentavam os palácios da Corte em Lisboa. Entre vasos, tapeçarias e bibelôs, vieram nas arcas do rei de Portugal alguns quadros de pintores italianos do século XVII, pouco conhecidos e pouco valiosos e mais tarde outras telas, do mesmo período, foram incorporada ao acervo da Academia Imperial de Belas Artes, hoje Museu Nacional de Belas Artes.
(Fonte: Veja, 11 de setembro de 1991 – Edição n° 1199 – ANO 31 – N° 17 ARTE/ Por Henrique Sarkis Assis – Pág; 112/113)
Alessandro Magnasco
il Lissandrino
1667-1749
Alessandro Magnasco era um pintor italiano, também conhecido como il Lissandrino (O Alexandrino), que nasceu e morreu em Gênova, mas passou a maior parte de sua vida em Milão. Filho de um pintor desconhecido de Gênova, com ele aprendeu os primeiros rudimentos da arte, transferindo-se para Milão ainda na adolescência.
Durante alguns anos, trabalhou no estúdio de Filippo Abbiatti. Depois, o encontro com Sebastiano Ricci marcou uma reviravolta em sua arte. Depois, seu conhecimento foi reciclado durante a estada em Florença (1703-1709), na corte do Grã-Duque Ferdinando da Toscânia.
Passado algum tempo, Magnasco desistiu de pintar grandes figuras e só voltaria a fazê-lo nos últimos anos de vida. Ao invés delas, passou a produzir telas com paisagens fantásticas ou interiores repletos de estranhos personagens.
A atenção volta-se então para o campo em cenários rudes com ruínas e mendigos. Mas durante sua segunda viagem a Milão, onde permaneceu por muito mais tempo (1709-1735), voltou ao trabalho pelo qual era conhecido, qual seja, cenas melodramáticas, tendo como fundo paisagens castigadas pelo vento e pela tormenta; ruínas, conventos e mosteiros depressivos, habitados por figuras pequenas e compridas: são monges, freiras, ciganas, mercenários, feiticeiras, mendigos e inquisitores. Sua pintura é nervosa, vacilante e o jogo de luzes causa efeitos macabros.
Seu trabalho é muito bem recebido pelos críticos de arte em Milão. Produziu bastante, mas seu trabalho raramente é datado ou possível de se estimar a data. Os críticos ainda hoje vacilam diante dessas telas, que misturam o macabro com o burlesco, numa simples descrição de um poderoso e arrebatado melodrama.
Já na velhice, Magnasco voltou à terra natal e foi lá que completou sua obra visionária e transfigurada. Sua arte, mais tarde, veio influenciar Marco Ricci e Francesco Guardi.
Fonte: Web Gallery of Art (traduzido)