Alfredo Fortabat (1894-1976), empresário argentino, o fundador da gigante fábrica de cimento Loma Negra. Após a sua morte, a viúva empresária argentina Amalia Lacroze de Fortabat, Amalita como é conhecida recebeu uma gorda herança e passou a se dedicar a administração de seus ativos em fundos de investimento e a agropecuária. O Grupo Fortabat administra 13 fazendas, que somam 155 mil hectares, em cinco províncias do país.
Amalia sofreu seu primeiro revés nos negócios com a crise que abalou a Argentina em 2001. Com a construção civil parada, a Loma Negra se afundou em dívidas e Amalia foi obrigada a deixar em casas de leilão parte de sua coleção de arte. Em 2002, os passivos da empresa chegavam a US$ 420 milhões. Três anos depois, não viu outra saída senão vender a fábrica para o grupo brasileiro Camargo e Correa. Foi um choque porque em 2001 Amalia chegou a integrar a lista dos mais ricos da revista Forbes. A venda foi efetuada por US$ 1,025 bilhão. Desse total, US$ 200 milhões foram destinados ao pagamento de dívidas. Com os passivos quitados, recuperou suas obras.
Segunda a revista argentina Fortuna, Amalita é dona de um patrimônio de US$ 1,6 bilhão. Além das fazendas, tem imóveis em Buenos Aires, Punta Del Este (Uruguai), Miami (EUA), Nova York (EUA) e Mikonos (Grécia).
Possui cerca de 40 estâncias na Argentina.
Amalita, como é conhecida, é uma figura tão popular quanto polemica em seu país é acusada por grupos de esquerda de vínculos com a ditadura.
Aos 87 anos, concretizou o maior sonho de sua vida. Mulher mais rica da Argentina,a empresária e mecenas abriu ao público, em outubro, as portas do mais novo cartão-postal de Buenos Aires.
Situado em Puerto Madero, o museu Coleção de Arte Amalia Lacroze de Fortabat reúne 230 peças, todas da coleção particular da bilionária, que soma quatro mil itens.
(Fonte: IstoÉ N° 2037 Ano 31 19 novembro/2008 Claudia Jordão Pág; 73)