Almir Guineto, sambista e um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal

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Sambista Almir Guineto foi mais do que um artista completo e inovador

 

O sambista Almir Guineto segura o banjo brasileiro, que teria adotado por sugestão de Mussum (Foto: Leonardo Aversa – 9 abril.2012/ Agência O Globo)

 

Almir de Souza Serra (Rio de Janeiro, 12 de julho de 1946 – Zona Norte do Rio de Janeiro, 5 de maio de 2017), foi cantor e compositor, mais conhecido como Almir Guineto, foi um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, nome com inscrição garantida nos 100 anos de história do samba, coautor de sucessos como Coisinha do Pai, Lama das Ruas, Corda no Pescoço e Batendo na Palma da Mão, foi sambista completo e inovador.

O sambista e compositor Almir Guineto nasceu em 12 de julho de 1946 no Rio de Janeiro, e foi criado no Morro do Salgueiro e conviveu com o samba desde a infância. Seu pai, Iraci de Souza Serra, era um famoso violinista e era integrante do grupo Fina Flor do Samba. Sua mãe, Nair de Souza, era costureira da Acadêmicos do Salgueiro. Aos 16 anos, o sambista entrou para o grupo Originais do Samba, fundado por seu irmão mais velho, Francisco de Souza Serra, mais conhecido como Chiquinho, e tocou até os 26 anos.

Almir de Souza Serra era salgueirense histórico, tendo visto, ainda criança, a escola de samba nascer, para, adulto, ser um de seus diretores. Mais tarde, com os compromissos e a fama que seus discos trouxeram, afastou-se do dia a dia da agremiação. Era irmão de Louro (Lourival de Souza Serra, o caçula da família), a quem antecedeu como mestre de bateria, filho de Iracy , um dos fundadores da escola, e Dona Fia, figura respeitada na estrutura da escola.

A vida profissional de Almir começou na década de 1970, quando ele integrou o grupo de compositores do grupo carnavalesco Cacique de Ramos. Incorporou a sonoridade do banjo com braço de cavaquinho ao samba tocado ali. O parceiro e amigo de verso e copo Zeca Pagodinho tem uma frase famosa que diz: “Banjo no samba só existem dois: Almir Guineto e Arlindo Cruz”.

No início dos anos 1980, muito incentivado por Beth Carvalho, fundou o grupo Fundo de Quintal ao lado dos companheiros Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Porém, a parceria durou pouco e ele saiu logo após a gravação do primeiro LP, “Samba é no Fundo de Quintal”, e partiu para a carreira solo.

Como compositor, foi gravado por Zeca Pagodinho, Beth, Alcione, Jovelina Pérola Negra, entre outros intérpretes. Como cantor, lançou LPs com alguma regularidade nos anos 1980 e 1990. Cantava hits de companheiros, como Insensato destino, Caxambu, Mel na boca, Saco Cheio, Jiboia e Conselho, com tamanha propriedade, que o público acreditava serem composições suas.

Ao longo de sua trajetória, também fez parceria com os principais nomes do samba no país. Entre as músicas mais conhecidas de Almir, estão “Caxambu”, “Mel na Boca”, “Lama nas Ruas” e “Conselho”.

 

Cantor Almir Guineto, completo e inovador. (Foto: 05/05/2017 – UOL Entretenimento)

 

Biografia

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na Zona Norte do Rio, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza, conhecida como “Dona Fia”, era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão Francisco de Souza Serra, conhecido como Chiquinho, foi um dos fundadores dos “Originais do Samba”.

Na década de 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que freqüentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.

Em 1979, Almir mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez “Bebedeira do Zé”, sua primeira composição gravada pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso “Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver” e a sambista Beth Carvalho gravou algumas composições de Guineto, como “Coisinha do Pai”, “Pedi ao Céu” e “Tem Nada Não”.

No início dos anos 80, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de “Samba é no Fundo de Quintal”, primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo. O músico é autor de músicas como “Caxambu”, “Meiguice Descarada” e “Conselho”.

Sua notoriedade como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década. Beth Carvalho gravou “É, Pois, É” em 1981, “À Luta, Vai-Vai!” e “Não Quero Saber Mais Dela” em 1984, “Da Melhor Qualidade” com Arlindo Cruz e outros sucessos.

Em 1986, foi lançado o LP “Almir Guineto”, que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão “Caxambu”, “Mel na Boca”, “Lama nas Ruas” e “Conselho”.

CARNAVAL 2010 SÃO PAULO 28.12.2009/ ESTADO CIDADES/ JT GERAL/ CARNVAL 2010/ Eleição para a escolha da corte do Carnaval Paulistano 2010, evento realizado no anfiteatro Elis Regina, no centro de convenções do Parque Anhembi zona norte de São Paulo. Ao todo foram 21 candidatos sendo 11 a Rei Momo e 10 ao titulo de rainha. A bateria da escola de samba Mocidade alegre puxou o ritmo do samba para alegrar os participante e os convidados. Na foto: Show do cantor Almir Guineto. (FOTO: JOSE PATRICIO/AE)

Almir Guineto morreu em 5 de maio de 2017. Ele tinha 70 anos e estava internado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na zona Norte do Rio de Janeiro, havia algumas semanas.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/05 – ILUSTRADA/ MÚSICA – ANÁLISE/ Por BERNARDO OLIVEIRA – 08/05/2017)

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Gente/2017/5 – ANO 122 – N° 220 – Arte & Agenda – Variedades – Gente – 05/05/2017)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – MÚSICA – CULTURA/ Por Roberta Pennafort, O Estado de S.Paulo – 05 Maio 2017)

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