Ando Hiroshige, pintou inúmeras paisagens, que influíram também na pintura europeia.

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Ando Hiroshigue e Sua Delicada Interpretação da Natureza

Com sua delicada e exímia interpretação da natureza, Hiroshigue pintou inúmeras paisagens, que influíram também na pintura europeia do final do século XIX.

Ando Hiroshigue nasceu em 1797 em Edo (hoje Tóquio), Japão. Ainda criança, ocupou cargo oficial que herdou do pai, mas ao qual renunciou, após a morte desse, em 1811, para ingressar na escola de Utagawa Toyohiro.

Começou a pintar ainda estudante. Entre 1811 e 1830, limitou-se a acompanhar a moda da época. A partir de 1830 dedicou-se exclusivamente à pintura de paisagens, flores e pássaros.

Em 1832 teve oportunidade de participar de uma missão especial a Quioto, onde estava instalada a corte, e durante a viagem maravilhou-se com a paisagem cambiante do país.

Dessas impressões realizou a série de trabalhos de grande virtuosismo e delicada beleza, intitulada “Cinquenta e três vistas ao longo de Tokaido”.

São paisagens da natureza sob a chuva, sob a neve, à luz da lua e ao amanhecer. A partir de 1844, a popularidade, as inúmeras encomendas e o assédio dos muitos discípulos acabaram por afetar a qualidade da obra.

Hiroshigue consagrou a paisagem como um gênero independente, tendência iniciada por Hokusai, e interpretou com poesia e sensibilidade as belezas naturais de seu país. Quando em fins do século XIX a estampa japonesa tornou-se conhecida na Europa, a arte de Hiroshigue, sobretudo as séries de gravuras “Oito panoramas do lago Biwa” e “Sessenta e nove etapas da estrada de Kiso”, deu aos pintores impressionistas e pós-impressionistas, como Degas, Van Gogh e Gauguin, uma nova perspectiva da natureza. Hiroshigue morreu em Edo em 12 de outubro de 1858.
(Fonte: http://pda.emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/1866-ando-hiroshigue-e-sua-delicada-interpretacao-da-natureza)
(Fonte: Veja, 5 de julho de 1978 – Edição n.° 513 – ARTE/ Por Olívio Tavares de Araújo – Pág; 108)

Ando Hiroshige (1797-1858)

Nascido em 1797 com o nome de Ando Tokutaro, Ando Hiroshige era filho de um bombeiro de Edo, a quem sucedeu no cargo, hereditário, como usual na altura. Porém em 1811 entrou como aprendiz no estúdio do mestre Ukiyo-e Utagawa Toyohiro, recebendo então o nome de Utagawa Hiroshige.

O seu primeiro trabalho publicado, no campo do livro ilustrado, data de 1818. Durante a década seguinte, Hiroshige publicou vários trabalhos no campo da gravura: figuras de actores, guerreiros e raparigas.

Por volta de 1830 iniciou, sob a influência do grande Hokusai, as séries de gravuras de paisagens que o celebrizaram: “”Oito Vistas Famosas de Omi”, “Lugares Famosos da Capital Oriental” e, sobretudo, “53 Estações do Tokaido”, a que se seguiriam “Vistas Famosas do Japão”, “Vistas Famosas de Quioto”, “Oito Vistas Famosas do Lago Biwa”, “69 Estações do Kisokaido”, “36 Vistas do Monte “Fuji” e “Lugares Famosos de Edo: Cem Vistas”. Sem ser o excêntrico prodigioso que era Hokusai, Hiroshige teve uma enorme contribuição para o desenvolvimento da gravura paisagística, bem como da gravura de flores e pássaros.

Na realidade, Hiroshige consolidou a paisagem como forma e adaptou-a ao gosto popular, difundindo-a por todos os estratos sociais. Desde a publicação da primeira edição das “53 Estações do Tokaido” (considerada universalmente uma das melhores séries jamais publicadas e, juntamente com a sua última série “Lugares Famosos de Edo”, uma das suas duas obras primas) que Hiroshige gozou de grande sucesso artístico e comercial, demonstrado pelas sucessivas reedições e sequelas (entre 16 a 19, sem contar com meras reimpressões) desta magnífica série, embora isso tenha conduzido, nalgumas delas, a um declínio de qualidade provocado pela produção excessiva.

No entanto Hiroshige era, quando ao seu melhor, um mestre sem igual no tratamento impressionista da natureza poética da paisagem e continua a ser o mais amado e célebre de todos os artistas japoneses, sendo geralmente considerado, juntamente com Hokusai, o mais alto expoente da gravura Ukiyo-e. Entre os seus pupilos contam-se Hiroshige II, seu genro, Shigekatsu, Shigekiyo e Hiroshige III.

(Fonte: http://www.man-pai.com/Biografias/hiroshige)
(Fonte: Veja, 5 de julho de 1978 – Edição n.° 513 – ARTE/ Por Olívio Tavares de Araújo – Pág; 108)

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