Antenor Patiño, multimilionário boliviano, dono de uma das maiores fortunas particulares do mundo.

 

 

Antenor Patiño, o “rei do estanho”, nascido nos últimos anos do século 19 e considerado um dos homens mais ricos de seu tempo.

Antenor Patiño (Oruro, Bolívia, 12 de outubro 1896 – Eastbourne, Inglaterra, 2 de fevereiro de 1982), multimilionário boliviano, era dono de uma das maiores fortunas particulares do mundo, que incluía empresas de navegação e seguros, cadeias de hotéis, bancos na Suíça e, sobretudo, companhias de mineração na Tailândia.

 

Antenor Patiño era herdeiro, filho de Simon Patiño, descendente de espanhóis nascido em Cochabamba. Por conta de um tio general, Simon conseguiu emprego na German Fricke & Cia, trading que comercializava quinino e metais variados. Tempos depois, associou-se a outro empresário na exploração de mina de estanho, investindo US$ 6.000. Em lugar de prata, passou a procurar estanho. Com a descoberta das reservas de Orko-Intijaljata, conseguiu o melhor estanho do mundo. Teve três herdeiros, o mais velho entrevado, o mais novo Antenor, que se tornou o herdeiro de fato de sua fortuna. 

 

Casou-se em 1924 com María Cristina de Bourbon, neta do rei Afonso II da Espanha, e divorciou-se dezessete anos mais tarde para contrair segundas núpcias com Beatriz de Rosavenda, favorecido por uma lei que se tornou conhecida na Bolívia onde nasceu, como “lei Patiño”.

Dividiu os últimos quarenta anos entre seus apartamentos de Paris e Nova York e suas propriedades em diversos balneários da Europa, como o Estoril, em Portugal, palco em 1968 de uma festa que reuniu 700 celebridades.

Era filho de Simón Patiño, descobridor e proprietário das grandes reservas de estanho da Bolívia até sua estatização em 1952. Seus herdeiros diretos são a viúva, Beatriz, uma filha, Cristina Kurtess, e três netos. Antenor Patiño morreu no dia 2 de fevereiro de 1982, aos 83 anos, de câncer, em Eastbourne, Inglaterra.

 

(Fonte: Veja, 17 de fevereiro de 1982 -– Edição 702 –- Datas -– Pág; 69)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2105200608 – FOLHA DE S.PAULO – MERCADO/ Por LUÍS NASSIF – 21 de maio de 2006)