Gordon Moore, químico e físico americano, uma lenda viva da era da informação, o cientista é o autor de um artigo publicado na revista Electronics, em 1965, que realizou uma façanha notável: anteviu, com razoável precisão, o ritmo da revolução tecnológica nas quatro décadas subsequentes. O texto indicava que a capacidade de processamento do microprocessador – o chip – dobraria a cada ano.
Esse avanço permitiria a criação de máquinas cada vez mais potentes e baratas. Em 1975, ele reviu o cálculo, ampliando o período para dois anos. A estimativa transformou-se num estatuto da informática, batizado de Lei de Moore. Co-fundador da Intel, produziu mais de uma dezena de modelos de chips. Sem essas pequenas peças, feitas de micropastilhas de silício e capazes de processar bilhões de informações por segundo, nem sequer existiriam as calculadoras portáteis.
1959 – Jack Kilby e Robert Noyce patenteiam o circuito integrado
1965 – Moore publica sua lei em um artigo da revista Electronics
1971 – Federico Faggin, Stan Mazor e Ted Hoff criam o primeiro microprocessador – uma máquina completa de computação, embutida num chip. É o 4004, com 2 300 transistores. Faz 60 000 operações por segundo
1975 – Lançado o primeiro computador pessoal, o Altair. Usa um chip com 6 000 transistores (8080), capaz de realizar 600 000 operações por segundo
1975 – Depois de escreverem um programa em linguagem Basic, para o Altair, Bill Gates e Paul Allen fundam a Microsoft
1977 – Steve Jobs e Steve Wozniak lançam o Apple II, o aparelho com monitor e teclado. O PC ganha sua forma definitiva
1981 – A IBM lança seu computador pessoal, o IBM PC, e populariza o termo PC
1985 – Com 275 000 transistores, o processador 386 faz 5 milhões de operações por segundo
1993 – Surge o Pentium, chip com 3,1 milhões de transistores que realiza 112 milhões de operações por segundo
2004 – São produzidos processadores como o Pentium 4, com 125 milhões de transistores, cada um com 90 nanômetros
2007 – Cientistas usam o háfnio (material que diminui a dissipação de calor) para criar chips com 820 milhões de transistores, cada um com 45 nanômetros. O Penryn processa 1 trilhão de informações por segundo
(Fonte: Veja Especial, setembro, 2008 – Ano 41 – Edição 2078 – Editora Abril – Entrevista/Por Gabriela Carelli – Pág; 82 a 87)