Antonieta Rudge (1886-1974), pianista. Quase desconhecida pela atual geração foi uma artista famosa, frequentemente elogiada por jornais estrangeiros e celebridades, como o pianista Arthur Rubinstein. Em 1939, ele declarava: “Tenho três grandes paixões em minha vida: Mozart, o Beethoven da segunda fase, e Antonieta Rudge, tocando Mozart e Beethoven. Menina-prodígio, deu seu primeiro concerto aos 7 anos, e estudou com um maestro de renome, Luigi Chiafarelli.
O mestre, entusiasmado, chegou a tocar com ela num concerto a oito mãos, do qual participaram também Pablo Casals e Harold Bauer. Aos 21 anos, já casada, Antonieta viajou para Londres. Mas, apesar do sucesso no exterior, voltou ao Brasil, foi aclamada como uma grande intérprete de Chopin e Beethoven, preferindo assumir a direção do Conservatório de Santos. Deixa poucos discos. Na década de 30, gravou alguns 78 rotações hoje raros e disputados. Seu primeiro e único LP só saiu em 1972 – assim mesmo sem sua autorização. Foi gravado às escondidas por amigos decididos a perpetuar os números que ela executava em casa.
Depois, editado em colaboração com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo, recebeu importantes menções e um prêmio como o melhor disco de solista do ano. E embora tecnicamente imperfeito, parece legitimar o legendário trio de pianistas brasileiras – Antonieta Guiomar Novaes e Magdalena Tagliaferro -, já agora incompleto. Antonieta morreu no dia 14 de julho de 1974, aos 88 anos, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 24 de julho, 1974 Edição 307 DATAS – Pág; 20 – TEATRO – Pág; 106)
Antonieta Rudge (1886-1974)
Aos 7 anos fez seu primeiro recital de piano. Aos 20, a primeira turnê européia. Na volta, foi aclamada como uma grande intérprete de Chopin e Beethoven. Gravou um único disco, lançado em 1972 pelo Museu da Imagem e do Som.
(Fonte: veja.abril.com.br/vejasp)