Antônio Barros, foi cantor e compositor paraibano de sucessos como Bate coração e Procurando tu, compôs — ao lado da esposa, Mary Maciel Ribeiro, mais conhecida como Cecéu — cerca de 700 canções, incluindo sucessos imortalizados nas vozes de ícones da música brasileira, a exemplo de Ney Matogrosso, com Homem com H, e Elba Ramalho, com Bate o Coração, se tornou amigo de Jackson do Pandeiro, além de Luiz Gonzaga e Genival Lacerda

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Antônio Barros, cantor e compositor paraibano

 

 

Antônio Barros e Ceceu, parceria de vida e de carreira — Foto: Rafael Passos/Secom-JP

Antônio Barros e Ceceu, parceria de vida e de carreira — Foto: Rafael Passos/Secom-JP

Autor de mais de 700 canções, Antônio Barros é responsável por sucessos como ‘Homem com H’ e ‘Procurando Tu’.

Um dos maiores compositores do Nordeste, escreveu mais de 700 músicas ao lado de sua esposa, Mary Maciel Ribeiro

 

 

Antônio Barros (nasceu em 1930 em Queimadas (PB) — faleceu em 6 de abril de 2025), foi cantor e compositor paraibano. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão ‘Homem com H’, ‘Bate Coração’ e ‘Procurando Tu’.

Um dos maiores nomes do forró, Barros compôs — ao lado da esposa, Mary Maciel Ribeiro, mais conhecida como Cecéu —  cerca de 700 canções, incluindo sucessos imortalizados nas vozes de ícones da música brasileira, a exemplo de Ney Matogrosso, com Homem com H, e Elba Ramalho, com Bate o Coração.

Antônio foi responsável por compor, ao lado da esposa, grandes sucessos da música brasileira. São exemplos: ‘Homem com H’ e ‘Por Debaixo dos Panos’, gravadas por Ney Matogrosso, e ‘Bate Coração’, gravada por Elba Ramalho. Ele também escreveu sucessos de Fagner, Luiz Gonzaga e Gilberto Gil. A dupla fez mais de 700 músicas.

Natural da Paraíba, Antônio Barros se apresentava em emissoras de rádio. Ele se tornou amigo de Jackson do Pandeiro, com quem passou a compor e gravar músicas, além de se aproximar de outros músicos, como Luiz Gonzaga e Genival Lacerda. Já na década de 1970, o relacionamento com Cecéu começou.

Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.

 

Vida e carreira de Antônio Barros

Antônio Barros estudou no Grupo Escolar José Tavares. A escola foi fundada em 1937, sendo o primeiro colégio de Queimadas, município com pouco mais de 43 mil habitantes.

“Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para recife, e a partir daí começou minha vida profissional”, disse o compositor em uma entrevista concedida ao g1 em 2020, quando completou 90 anos.

Na mesma escola estudaram alguns primos. O pai de um deles, chamado Adauto, foi quem ensinou Antônio Barros a tocar violão e, depois, o pandeiro. Ao ir para o Rio de Janeiro, procurou Jackson do Pandeiro, que lhe deu apoio na capital carioca.

Já conhecido, ele não deixou de visitar Campina Grande. Em uma dessas viagens, conheceu Cecéu uma parceira para sempre.

“Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo”, contou Cecéu em 2020.

Ele a convidou para, juntos, se mudarem para o Rio de Janeiro e foi então que começou a parceria. Entre as canções mais famosas do casal estão clássicos como “Homem com H”, “Por Debaixo dos Panos”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo”.

Quando se fala em parceria não é só sentimental. A dupla gravou um disco de música romântica como Tony e Mary, mas foi no forró que emplacou um sucesso atrás do outro, como “Homem com H”. Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, Os Três do Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Alcione, e tantos outros gravaram músicas da dupla.

Entre as canções mais famosas do casal estão clássicos como “Por Debaixo dos Panos”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo

Patrimônio cultural imaterial da Paraíba

Uma lei publicada em 2021 reconheceu a obra dos casal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei é de autoria da então deputada estadual Estela Bezerra, que justifica o reconhecimento pelo casal representar não só a musicalidade, mas também a cultura do estado. “[Antônio Barros e Cecéu] são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano e nordestino”, destacou a deputada.

Antônio Barros morreu no domingo (6) aos 95 anos, por complicações causadas pelo Parkinson.

O artista sofria de Parkinson, doença degenerativa que, entre os sintomas, traz a dificuldade de engolir. Isso gerou uma bronco-aspiração, o que motivou uma longa internação do paraibano desde o começo do ano. O velório do cantor e compositor aconteceu, no Parque das Acácias.

(Créditos autorais reservados: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/04/06 – Globo Notícias/ PARAÍBA/ NOTÍCIA/ Por g1 PB – 06/04/2025)

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