Pensador quilombola Antônio Bispo dos Santos, era conhecido como Nêgo Bispo
Filósofo, poeta, escritor, professor e ativista político, Nêgo Bispo atuou em movimentos sociais e escreveu artigos e livros sobre a história de luta do povo negro.
Nêgo Bispo, escritor, filósofo, poeta e pensador quilombola — (Foto: Divulgação)
Antônio Bispo dos Santos (nasceu em 12 de dezembro de 1959, no vale do Rio Berlengas, região da cidade de Francinópolis – faleceu em 3 de dezembro de 2023, no Quilombo Saco-Curtume, em São João do Piauí), escritor, filósofo, poeta e pensador quilombola, era considerado um dos maiores intelectuais quilombolas do país.
Também conhecido como Nêgo Bispo, ele atuou em movimentos sociais e em organizações de defesa de quilombolas. Escreveu artigos e livros sobre a história de resistência do povo negro e elaborou o conceito de contracolonialismo.
Ativista político e militante no movimento quilombola e nos movimentos de luta pela terra, atuou na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).
O pensador quilombola Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, foi um filósofo, poeta, escritor, professor e ativista político. Ele atuou em movimentos sociais e em organizações de defesa da cultura dos quilombos.
Formou-se pelos ensinamentos de mestras e mestres de ofício do quilombo Saco-Curtume e completou o ensino fundamental, tornando-se o primeiro de sua família a ter acesso à alfabetização.
Nego Bispo nasceu em 12 de dezembro de 1959, no vale do Rio Berlengas, região da cidade de Francinópolis, e viveu boa parte de sua vida no Quilombo Saco-Curtume, em São João do Piauí.
Atuou ainda na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas.
Quem é Nêgo Bispo
Nêgo Bispo, nasceu em 10 de dezembro de 1959 no então povoado Papagaio, atualmente município de Francinópolis. Foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Francinópolis e diretor da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado do Piauí (Fetag).
É reconhecido como um dos principais pensadores do tema comunidades tradicionais do Brasil. Escreveu os livros Quilombo, Modos e Significados e Colonização Quilombos: Modos e Significados, além de vários outros artigos, também dirigiu o filme-documentário O Jucá da Volta, em parceria com o IPHAN.
Antônio Bispo dos Santos faleceu no domingo (3), no Quilombo Saco-Curtume, em São João do Piauí, no Piauí.
Nego Bispo faleceu no Hospital de São João do Piauí, vítima de uma parada cardiorrespiratória. O pensador enfrentava um quadro grave de diabetes, mas controlada. Nas últimas semanas, vinha sofrendo com desmaios. No domingo ele teve mais um episódio de desmaio, e foi levado ao hospital, onde morreu.
Antônio Bispo dos Santos completaria 64 anos no dia 12 de dezembro. Ele deixa a esposa Edileusa, dois filhos biológicos, quatro netos, centenas de filhos, netos e irmãos que ele adotou durante a vida, além de milhares de admiradores e leitores.
A Coordenação Nacional de Articulação dos Quilombos (Conaq) disse que a contribuição dele será lembrada e reverenciada por gerações.
Antônio Bispo dos Santos completaria 64 anos no próximo dia 12. Ele deixa a esposa Edileusa, dois filhos biológicos, quatro netos, centenas de filhos, netos e irmãos que ele adotou durante a vida, além milhares de admiradores e leitores. Pensadores, políticos, artistas e ativistas usaram as redes sociais para expressar seu lamento com a morte do escritor.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Weelington Dias, ex-governador do Piauí, disse que o movimento quilombola, o Piauí e o Brasil perdeu “uma voz que ecoou em nossos corações e nos ensinou muito”.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também lamentou a morte de Nêgo Bispo: “Um importante pensador brasileiro e ativista quilombola”, e que deixará “um legado inesquecível para a cultura nacional”.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se pronunciou sobre a morte de Bispo. “Eu vou falar de nós ganhando, por que pra falar de nós perdendo eles já falam. Um dos maiores pensadores da nossa época ancestralizou. Nego Bispo fez a passagem e deixou aqui um legado enorme para o pensamento negro brasileiro. Um abraço a toda sua família e amigos”.
(Créditos autorais: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2023/12/04 – PIAUÍ/ NOTÍCIA/ Por g1 PI –
(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Correio do Brasil/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História por CdB – 04/12/2023)