Escultor que instaurou uma nova estética na pintura e na escultura da época da Revolução Francesa, em 1789.
Antonio Canova (Possagno, 1° de novembro de 1757 – Veneza, 13 de outubro de 1822), escultor e pintor italiano que melhor representou o neoclássico no campo da escultura, mostrava em suas obras o quanto é esquiva a beleza antiga.
Na série de esculturas O Amor e Psiquê, elaborada entre 1789 e 1792, ele registra, nas palavras “a consciência do distanciamento das formas, em que o objeto é a ausência”.
BIOGRAFIA
VIDA
Escultor e pintor italiano, Antonio Canova, nasceu em Possagno a 1º de novembro de 1757 e morreu em Veneza a 13 de outrubro de 1821. Órfão, foi criado pelo avô, que o colocou, ainda criança, como aprendiz numa marmoraria. Seus pendores para a escultura cedo se revelaram e Canova aos 16 anos já recebia as primeiras encomendas. Até a morte gozou sempre de enorme prestígio nos meios aristocráticos, artísticos e intelectuais, sendo considerado o maior escultor de seu tempo.
PROJEÇÃO
Sua fama ultrapassou fronteiras e Napoleão convidou-o a ir a Paris, onde lhe foram encomendados um busto do imperador e estátuas de Maria Louise e da mãe de Napoleão. Canova, que viveu numa época de transição tempestuosa entre duas eras, manteve-se alheio ao fato político. Tampouco foi afetado pelos mistérios do amor sensual. Observador agudo ds formas humanas – tanto femininas quanto masculinas – o escultor jamais conseguiu compreendê-las totalmente; foi artista virtuose, mas frio.
Canova fez uma estátua de Napoleão I inteiramente nu (Galleria Brera, Milão). Nela, o imperador aparece empunhando na mão direita o globo terrestre sob a vitória alada; na esquerda e sobre o ombro traz o bastão e a túnica militares. A obra constitui mais um depoimento sobre a época do que propriamente a imagem de um homem.
OBRAS
Canova foi o maior e talvez o último representante do Neoclassicismo europeu. Famoso ainda durante a primeira metade do século XIX, é hoje considerado artista meramente acadêmico. Entre seus principais trabalhos, destacam-se o conjunto “Amore e Psiché” (1787; “Amor e Psiquê”, Musée du Louvre, Paris); “Túmulo de Clemente XIII” (1792; São Pedro no Vaticano); “Túmulo da arquiduquesa Maria Cristina”, (1802; Augustinerkirche, Viena); “Paolina Bonaparte Borghese” (1806; Galleria Borghese, Roma); e o “Túmulo dos Stuarts” (1821; São Pedro no Vaticano).
Na cidade de Possagno, província de Treviso onde nasceu, a casa de Canova, transformada em Tempio Canoviano, apresenta um conjunto de obras que formam importante acervo e mostra de sua arte. Grande parte foi recolhida de seu estúdio, em Roma, após sua morte, e não havia sido transportada para o mármore. Imensas salas abrigam estátuas monumentais, brancas e frias, produzindo sensação fantasmagórica.
(Fonte: Veja, 23 de março de 1988 – ANO 20 – N° 12 – Edição 1020 – ARTE/ Por Wagner Barreira – Pág: 148/149)
(Fonte: http://sabercultural.com/template/escultores/AntonioCanova – Mario Capelluto e Ida Aranha)