Conhecido pela série ‘Bananas’
Antonio Henrique Amaral (São Paulo, 24 de agosto de 1935 – São Paulo, 24 de abril de 2015), artista plástico conhecido pelas pinturas que fez de bananas nos anos 1960 e 1970
O pintor, gravador e desenhista nascido em agosto de 1935 na capital paulista, Henrique Amaral iniciou a trajetória artística com desenhos e gravuras, com influências surrealistas e inspirado em artistas como Roberto Matta e Joan Miró. Foi nos anos 1960 que, incorporando elementos da gravura popular e da cultura de massa, deu início à sua série mais conhecida, “Bananas”, que de 1968 a 1975 retratou a imagem da fruta em diversas situações: isolada, em cachos, madura ou apodrecida.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, Amaral estudou desenho e gravura nos anos 1950, mesma época em que fez sua primeira exposição individual, no Museu de Arte Moderna paulistano. Em 1959, foi para Nova York estudar na Pratt Graphic Institute, prestigiosa escola de arte e design americana.
Durante os anos 1970, o pintor se tornou famoso no Brasil ao usar bananas como um símbolo do momento político que o país vivia, durante a ditadura. Nas telas iniciais, a fruta é representada verde, passando pelo processo de amadurecimento até a podridão. A fama lhe rendeu uma bolsa do Salão de Arte Moderna, que o levou novamente a Nova York, onde passou pouco mais de dez anos. Lá, Amaral optou por pinturas abstratas.
Nas pinturas, a banana funcionava como uma metáfora para a ditadura militar e a posição do Brasil entre os países democráticos. Anos depois, Henrique Amaral passou a focar em outros objetos em seus trabalhos, como garfo e bambu, e em partes do corpo, como seios e torsos.
Desde o início da carreira, o artista realizou diversas exposições individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil. Uma das mais recentes ocupou a Pinacoteca do Estado, em São Paulo, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014.
Antonio Henrique Amaral morreu em 24 de abril de 2015, em São Paulo, aos 79 anos, no Hospital Samaritano de câncer de pulmão.
Para Marcus de Lontra Costa, crítico e curador de arte, o artista plástico foi responsável por um marco:
— O pop brasileiro surge nos anos 70, em plena ditadura. Então, diferente do pop americano, o brasileiro é muito politizado. E o Antonio Henrique representa muito bem essa vertente. É uma perda lamentável, mas felizmente as obras dele permanecem.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais -15969499#ixzz3YHVnCIoS – CULTURA – ARTES VISUAIS – POR O GLOBO – 24/04/2015)
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(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento – ENTRETENIMENTO – ARTES VISUAIS – 24/04/2015)