Argentina dá início a trâmites do primeiro divórcio homossexual no país
Angela e Vanessa estavam juntas há seis anos; casamento gay foi aprovado no país em julho de 2010
Duas mulheres que se casaram em abril de 2011 no noroeste da Argentina iniciaram os trâmites do primeiro divórcio entre homossexuais no país, segundo informaram fontes da Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais.
Angela, de 46 anos, e Vanesa, de 26, estavam juntas há seis anos, e após a sanção da lei de casamento igualitário, em julho do ano passado, decidiram se casar no dia 20 de abril na província de La Rioja.
A união provocou grande repercussão na mídia local por ser a primeira do tipo naquela região da Argentina. As mulheres se conheceram em 2005, quando se relacionavam com homens.
Fontes citadas pela imprensa local revelaram que a ruptura do casamento aconteceu como consequência da infidelidade de uma delas.
Em julho de 2010, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao aprovar uma reforma do Código Civil, que provocou forte rejeição de grupos religiosos e ásperos debates políticos.
De acordo com o jornal argentino Clarín, seis meses depois mais de 1,3 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo haviam sido realizados, sendo a maioria dos casos entre homens com cerca de 10 anos de convivência.
(Fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br – iG São Paulo – 15/06/2011)
A Argentina se transformou, na madrugada desta quinta-feira, no primeiro país da América Latina a autorizar o casamento entre homossexuais, com uma histórica e longa votação no Senado.
A lei foi aprovada com 33 votos a favor, 27 contra e 3 abstenções, depois de uma sessão que durou mais de 13 horas e apesar da oposição da Igreja Católica, que liderou uma intensa mobilização social para impedir a aprovação do projeto.
A iniciativa, apoiada pelo governo peronista da presidente Cristina Kirchner, acabou por aprovar a lei que autoriza os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, fazendo com que a Argentina se converta no primeiro país da América Latina a autorizar esse tipo de união em nível nacional e o décimo no mundo, depois da Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia.
A nova legislação visa a reformar o Código Civil mudando a fórmula de “marido e mulher” pelo termo “contraentes” e prevê igualar os direitos dos casais homossexuais com os dos heterossexuais, incluindo os direitos de adoção, herança e benefícios sociais.
Na América Latina apenas eram reconhecidas até agora as uniões civis (que dão direitos mais ou menos ampliados) entre pessoas de mesmo sexo em dois países, Uruguai e Colômbia, e o casamento gay na Cidade do México.
Protestos e comemorações
“Hoje é um dia histórico. Pela primeira vez na Argentina se legisla para as minorias”, afirmou o senador Miguel Pichetto, chefe do bloco do peronismo.
(Fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br – iG São Paulo – 15/07/2010)