Ariadene Penteado Camargo, jornalista com 40 anos de atuação no Grupo Estado.
Ari, que nasceu em Marília (SP), foi redator da editoria de internacional do Estadão e do Jornal da Tarde e editor da primeira página do Jornal da Tarde. Seus amigos de ofício costumam descrevê-lo como um profissional dedicado, exigente e de humor peculiar.
Como redator, sempre primou pelo bom uso da língua portuguesa, sendo responsável pelo pente fino de muitas edições do Jornal da Tarde. Além disso, na redação, ele era o jornalista mais consultado por repórteres sobre dúvidas gramaticais.
Mesmo sendo corintiano fanático, não poupava seu time de coração de observações ácidas e pessimistas.
Ariadene Penteado Camargo morreu no dia 17 de dezembro de 2010, em São Paulo, aos 66 anos. Ari, como era conhecido por colegas do Jornal da Tarde e de O Estado de S. Paulo, sofreu um infarto em sua casa.
(Fonte: Zero Hora – Memória – 18/12/10)
Morreu nesta sexta-feira, 17, aos 66 anos, o jornalista Ariadene Penteado Camargo. Ari, como era conhecido pelos colegas do Jornal da Tarde e de O Estado de S. Paulo, sofreu um enfarte fulminante em sua casa, por volta das 13h, enquanto fazia a barba e se preparava para uma consulta médica. Ele será cremado neste sábado, 18, às 10h, no cemitério da Vila Alpina (Av. Francisco Falconi, 437). O jornalista deixa mulher e três filhos.
Ari, que nasceu na cidade de Marília, trabalhou por 40 anos no Grupo Estado. Ele foi redator de internacional (Estadão e JT) e editor da primeira página (JT). Seus amigos de ofício costumam descrevê-lo como um profissional dedicado, exigente e de humor muito peculiar. Ele tinha um conhecimento muito grande do que fazia. Mesmo sendo uma pessoa fechada, ajudou na formação de muitos profissionais, disse Eduardo Barella, editor de internacional do Estadão.
Não raro, Ari era o primeiro a chegar e o último a apagar a luz da redação. Em coberturas como a da guerra do Iraque, era comum encontrá-lo, de madrugada, ansioso pelo próximo boletim das agências internacionais, comentou José Antônio Leite, editor de internacional do JT.
Ele tinha um conhecimento profundo e enciclopédico de tudo que dizia respeito ao Oriente Médio, completa Roberto Muniz, dos cadernos Aliás e Paladar (Estadão).
Como redator, Ari sempre primou pelo bom uso da língua portuguesa, sendo responsável pelo pente fino de muitas edições do Jornal da Tarde. Além disso, na redação, ele era o jornalista mais consultado por focas e mesmo repórteres experientes sobre dúvidas gramaticais.
Era comum ouvir o Ari explicando por que determinada palavra era escrita de um jeito e não de outro. Ele também tinha suas implicâncias gramaticais. Considerava palavras como reexaminar e reenviar aberrações da língua.
Ari tinha um humor ranzinza e o dom de fazer piada partindo de observações mal-humoradas. Mesmo sendo corintiano fanático, não poupava seu time de coração de observações ácidas e pessimistas.
Uma das passagens mais lembradas pelos colegas aconteceu no início de um jogo entre Corinthians e Cruzeiro. O Corinthians perdeu o cara e coroa. O revés foi o suficiente para o Ari reclamar do time e, mais do que isso, sentenciar uma possível derrota e afirmar a incompetência dos jogadores.
(Fonte: www.estadao.com.br – 18/12/10)