Ex-almirante da ditadura argentina, um dos chefes da última ditadura militar argentina (1976-1983).
Armando Lambruschini (15 de junho de 1924 – Buenos Aires, Argentina, 15 de agosto de 2004), ex-almirante, foi um dos principais oficiais superiores da última ditadura argentina (1976-83)
Lambruschini foi o chefe da marinha entre 1978 e 1981, e sucedeu seu amigo e temido ex-almirante Emilio Massera, mas foi destituído em 1985 pela Câmara Federal, que o levou ao histórico julgamento das juntas de comandantes pelas violações aos direitos humanos durante a ditadura.
Nesse julgamento foi condenado a oito anos de prisão, dos quais cumpriu 75% quando foi beneficiado pela anistia, em 1990, concedida pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-99).
Em agosto de 1978, um mês antes de assumir a chefatura da Marinha, sua filha, Paula Lambruschini, 15, morreu na explosão de uma bomba em seu apartamento em Buenos Aires, em um atentado cometido pela guerrilha Montoneros –o grupo guerrilheiro peronista dizimado pela ditadura.
O ex-almirante voltou a ser alvo da Justiça em 2003, quando foi detido a pedido do juiz espanhol Baltasar Garzón, que conduziu em Madri um julgamento por “genocídio, terrorismo e torturas” durante a ditadura argentina.
Lambruschini integrava a lista de 42 militares com pedido de prisão do juiz Garzón, até que foi libertado quando a Espanha desistiu de pedir a extradição em agosto de 2003.
Lambruschini morreu em 15 de agosto de 2004, aos 80 anos, vítima de um problema cardíaco,
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo – MUNDO / da France Presse, em Bueno Aires – 17 de ago de 2004)