Armando Marques, ex-árbitro que presidiu a Comissão Nacional de Arbitragem de 1998 a 2005

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O maior árbitro do futebol brasileiro

Armando Marques (Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1930 – Rio de Janeiro, 17 de julho de 2014ex-árbitro de futebol e ex-presidente da Comissão Nacional de Arbitragem 

Um dos principais juizes da história do futebol brasileiro, Armando Marques também presidiu a Comissão Nacional de Arbitragem por oito anos (1997 a 2005).

Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques teve uma carreira de 16 anos com o apito: sua estreia foi em 13 de agosto de 1961; a última partida sob seu comando aconteceu em 8 de maio de 1977. Apitou as decisões dos Brasileiros de 1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1973e 1974; dos Cariocas de 1962, 1965, 1968, 1969 e 1976; dos Paulistas de 1967, 1971 e 1973; e do Mineiro de 1967.

E, como todo árbitro, as polêmicas não o deixaram.

A primeira aconteceu num Fla-Flu, pelo Roberto Gomes Pedrosa, em 1968.

“O ponta direita do Fluminense deu um tapa na bola e marcou o único gol do jogo. Armando confirmou o gol. Mais tarde viu o lance na televisão e se desculpou diante da torcida rubro negra”, conforme descreve o site Apito Nacional. Em 1971, nas finais do Paulistão, anulou um gol de Leivinha, do Palmeiras, pois assinalou que foi com a mão quando as imagens mostraram claramente que foi com a cabeça. Esse erro ajudou o São Paulo a ser campeão estadual.

Dois anos depois, em outra final do Paulista, errou na contagem da disputa de pênaltis entre Portuguesa e Santos, quando o time da Vila Belmiro ganhava por 2 a 0, mas ainda com possibilidade de empate por parte da Lusa, pois restavam duas cobranças. Seu erro causou a divisão do título entre os dois clubes. “Contei quatro como cinco. Para você ver a porcaria de economista que eu era”, disse o ex-árbitro em entrevista ao “Programa do Jô”, da TV Globo, em abril último. “Não entrava na minha cabeça que eu não vi o Pelé cobrar, como é que eu não vi? Eu devia estar meio louco aquele dia. De vez em quando isso acontece comigo, eu fico meio cachorro danado, aí é meio perigoso”.

Em 1974, na final do Brasileirão, outro erro memorável no duelo Vasco x Cruzeiro no Maracanã: o time celeste precisava de apenas um empate, mas o cruzmaltino vencia a partida por 2 a 1 quando Armando Marques anulou um gol legítimo de Zé Carlos, impedindo o time mineiro de se sagrar campeão brasileiro daquele ano.

Outra confusão, no mesmo ano, com a lenda botafoguense Nilton Santos: assessor técnico do time Glorioso, ele não gostou quando o árbitro chamou sua atenção, lhe deu um soco, e Armando caiu escadaria abaixo no túnel do Maracanã.

“Quem diz que nunca fez uma boa cagada, ou é mentiroso ou nunca apitou”, afirmou Armando Marques também no “Programa do Jô”.

Após passagem pela extinta TV Manchete, ele se tornou presidente da Confederação Nacional de Arbitragem em 1997 e ficou até 2005.

Armando Marques faleceu em 17 de julho de 2014, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. Ele deu entrada no CER Leblon (Coordenação de Emergência Regional) com um quadro muito grave de insuficiência renal e não resistiu.

 

(Fonte: http://espn.uol.com.br/noticia/426089 – GAZETA PRESS – 7/07/2014)

 

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