Membro do Conselho de Paz afegão, um mediador do governo com os talibãs
Arsalá Rahmani, membro do principal órgão negociador entre a insurgência talibã e o governo afegão
Rahmani fazia parte do grupo de ex-líderes talibãs que conduziam o diálogo sobre a transferência para prisões afegãs de presos talibãs nas mãos dos Estados Unidos. Rahmani , que foi vice-ministro de Educação no governo do mulá Omar, uniu-se ao Conselho de Paz em 2010, quando o grupo foi formado, e era uma das principais vias de aproximação entre o atual Executivo e a cúpula talibã, pouco disposta a negociar com Cabul.
A maior demonstração de rejeição ao órgão negociador do país foi o assassinato, em um atentado suicida, do chefe do Conselho, o ex-presidente Burhanudin Rabbani, em setembro do ano passado. Os talibãs se mostraram sempre reticentes a negociar com o governo presidido por Hamid Karzai, a quem consideram uma marionete dos interesses estrangeiros no Afeganistão. Como consequência, o país encontra-se em uma das fases mais sangrentas da guerra, mesmo com a aproximação da retirada total das tropas da Otan do território afegão, que deve ocorrer até 2014.
Arsalá Rahmani, foi assassinado dia 13 de maio de 2012 a tiros em Cabul. Rahmani ia para seu escritório na manhã no oeste da capital afegã quando foi baleado por três desconhecidos que estavam dentro de um carro e conseguiram fugir, segundo o porta-voz da polícia de Cabul, Hashmat Stanikzai.
(Fonte: www.veja.abril.com.br/noticia/internacional – Terrorismo – 13/05/2012)