Arthur Cantalice, jornalista
Ex-diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio e conselheiro da ABI, começou no jornalismo como crítico de programas de rádio do jornal comunista Imprensa Popular.
Cantalice montava o seu Jornal Mural no Sindicato dos Jornalistas, com recortes de jornais e revistas, cuja última edição (602) está datada de 8 de abril de 2008.
Cantalice era sócio da ABI desde 1973, foi Diretor da entidade na gestão de Prudente de Moraes, neto (1975-1977) e era membro do Conselho Deliberativo da Casa desde 2006. Articulista do semanário Correio da Lavoura, de Nova Iguaçu, no qual mantinha a coluna política “O negócio é o seguinte”, ele começou no jornalismo como crítico de programas de rádio do jornal comunista Imprensa Popular, que deixou de circular um ano depois.
Após essa iniciação no jornalismo, passou a trabalhar no porto do Rio de Janeiro, onde teve posições de liderança que o levaram à Direção da antiga União dos Portuários do Brasil. Por essa militância, foi preso, processado e demitido da extinta Administração do Porto do Rio de Janeiro. Com a promulgação da Constituição de 1988, foi anistiado, reintegrado e aposentado compulsoriamente por motivo de idade.
Torcedor do América Futebol Clube, que lhe deu nos últimos dias a tristeza do rebaixamento para a segunda divisão do futebol carioca, ele editava numa dependência do Salão de Estar da ABI, no 11° andar do Edifício Herbert Moses, um jornal mural em que comentava com atualizações diárias assuntos variados, da política ao esporte, da economia à moda, do meio ambiente à política internacional.
Arthur Cantalice de 81 anos, morreu em 15 de abril de 2008, logo após passar mal, por volta de 16h30, enquanto discursava na reunião do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Socorrido por companheiros, entre eles o jornalista Fritz Utzeri, que é médico, não resistiu a um fulminante ataque cardíaco.
Os Presidentes da ABI, Maurício Azêdo, e de seu Conselho Deliberativo, Fernando Barbosa Lima, emitiram declaração lamentando o seu falecimento. “Cantalice era devotado ao interesse público e ao progresso social, muito seguro na exposição de suas idéias e coerente em seus opinamentos, com freqüência revestidos de extremada franqueza”, diz a declaração.
(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL402893-5606,00- Do G1, em São Paulo – 16/04/08)
(Fonte: http://www.abi.org.br – 15/04/08)