Astrid Lindgren conseguiu alcançar o imaginário infantil através de várias obras, traduzidas em mais de 55 línguas
Astrid Lindgren (Vimmerby, Suécia, 14 de novembro de 1907 – Estocolmo, 28 de janeiro de 2002), escritora sueca, autora de mais de 80 livros, traduzidos para 70 idiomas. Criadora da personagem Pippi Meialonga, uma das grandes personagens da literatura infantil do século 20, Astrid tornou-se um dos maiores nomes da literatura infantil.
Nasceu em 14 de novembro de 1907, numa fazenda no sul da Suécia, foi com a sua primeira história, “Píppi Meialonga” que Astrid Lindgren se tornou numa das escritoras para crianças mais conhecidas. Um ano mais tarde a história é publicada, com ilustrações de Ilon Wikland, que irá acompanhar quase todos os trabalhos da escritora, e vence o primeiro prémio Rabén & Sjogren para o melhor livro infantil.
Lindgren pertencia ao clube dos grandes best-sellers mundiais, escreveu mais de 100 livros, entre romances, peças de teatro, contos e poesia, que foram traduzidos para 55 idiomas com mais de 130 milhões de exemplares vendidos.
Sua obra-prima era a primeira historieta de Píppi Meialonga, uma das grandes personagens da literatura infantil do século 20, criança de cabelos cor de cenoura, que não tinha pai, nem mãe.
A partir do seu trabalho, nasceu em Estocolmo o Junibacken, um museu inteiramente dedicado aos mais pequenos, um dos lugares mais visitados da capital sueca.
Escrito em 1945, “Píppi Meialonga” conta as travessuras da menina de 9 anos que vivia em um bosque com um cavalo e um macaquinho, e que se defendia dos meninos mais velhos, dos bandidos, enfrentava um touro a unha e fazia suas próprias (extravagantes) roupas e comidas.
Mas o talento de sua autora foi reconhecido e premiado com as mais importantes distinções da literatura infantil, incluindo o prêmio Hans Christian Andersen.
A influência da escritora não rodava apenas sobre assuntos literários ou educacionais. Lindgren era uma das pessoas mais influentes também na política e na economia suecas e foi eleita, em 1999, como a grande personalidade do país no século 20.
Astrid Lindgren morreu em 28 de janeiro de 2002, sua casa em Vasastan, no centro de Estocolmo, vítima de doença prolongada, aos 94 anos.
“Venho de uma Suécia rural, conformista, com várias referências religiosas”, diria um dia Astrid Lindgren, questionada sobre a forma como descreve o mundo imaginário infantil. “Jamais pretendia pôr em causa a ordem social existente. A minha ambição é a de reformar as mentalidades, mostrando a eficácia de uma educação que garanta a autonomia da criança para que se reconcilie com o mundo em que vive”, explicou a escritora.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3001200213 – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – MEMÓRIA – DA REPORTAGEM LOCAL – (CASSIANO ELEK MACHADO) – 30 de janeiro de 2002)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – 20020128p2211 – CULTURA – AGENCIA ESTADO – 28 Janeiro 2002)
(Fonte: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ -60868 – SUÉCIA – 28/01/2002)