Seu marco inicial é a publicação, em 1601, da Prosopopéia, poema épico de Bento Teixeira sobre a conquista de Pernambuco. As características estilísticas do barroco europeu marcam as crônicas de Ambrósio Fernandes Brandão e Simão de Vasconcelos; os sermões do frei Vicente do Salvador e do padre Antônio Vieira; os poemas nativistas de Manuel Botelho de Oliveira (Música do Parnaso) e do frei Manuel de Santa Maria Itaparica, celebrando as belezas e os recursos naturais da colônia; e os poemas do baiano Gregório de Matos, a obra mais importante produzida no Brasil nesse período.
No início do século XVIII, as academias disseminam o gosto pela literatu, estimulam a consciência da brasilidade e fazem trabalho de pesquisa histórica. As mais importantes são a dos Esquecidos (Salvador, 1724/1725) e, no Rio de Janeiro, a dos Felizes (1736-1740) e a dos Seletos (1752-1754), cujos textos foram publicados na antologia Júbilos da América.
Gregório de Matos e Guerra (1636-1695) nasce em Salvador, Bahia, filho de família de donos de engenhos. Faz universidade em Coimbra, Portugal, só voltando ao Brasil em 1682. No ano seguinte, passa a viver da advocacia. Sua obra vai do religioso ao satírico e ao erótico, retratando a sociedade baiana da época, onde a ganância e o desejo de prazer dos poderosos é disfarçada por um discurso moralizante. Sua poesia sobrevive graças a manuscritos apócrifos, só sendo impressa pela primeira vez em 1831.
BARROCO NO BRASIL
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