Ben Nicholson, foi o mais conhecido pintor abstracionista britânico, depois de conhecer Mondrian converteu-se à pintura abstrata

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BEN NICHOLSON, ARTISTA ABSTRATO BRITÂNICO

 

Ben Nicholson (nasceu em Denham (Inglaterra), em 10 de abril de 1894 – faleceu em Londres, em 6 de fevereiro de 1982), foi o mais conhecido pintor abstracionista britânico.

Influenciado, no início de sua carreira, pelo cubismo de Pablo Picasso, Juan Gris e Braque, que conheceu durante uma temporada em Paris, converteu-se à pintura abstrata ao retornar a Londres, em 1938, depois de conhecer Mondrian.

Ben Nicholson era filho do pintor Sir William Nicholson que a partir dos anos 20 do século 20, passou a assinar as suas obras com o nome Ben Nicholson no lugar do seu nome verdadeiro Benjamin Nicholson.

As suas primeiras obras, datadas de 1919, foram naturezas mortas, que revelavam uma influência da obra de seu pai.

O pintor abstrato foi representado em coleções permanentes em todo o mundo, Nicholson começou como pintor de naturezas-mortas e paisagens realistas. Aos poucos desenvolveu um estilo abstrato e geométrico, fortemente influenciado pelo cubismo e pelo grupo holandês ”De Stijl”. Entre seus melhores trabalhos estão os relevos brancos da década de 1930, nos quais formas geométricas foram definidas ou afundadas em painéis de madeira esculpida.

Embora seu pai, William Nicholson, e seu tio, James Pryde, fossem pintores e criadores de cartazes notáveis, o reconhecimento veio lentamente para Ben Nicholson. Não foi até ele estar na casa dos 50 anos que seu talento foi aclamado publicamente com uma série de prêmios e shows internacionais.

Início naturalista Nascido nos arredores de Londres em 1894, o Sr. Nicholson teve pouca formação artística formal além de um período letivo na Slade School of FineArt em Londres em 1911. Foi lá que, de forma naturalista, ele começou a abrir jarros, copos, garrafas e canecas, temas frequentes dos trabalhos abstratos subsequentes.

Apenas 10 anos depois, depois de viajar pela Europa e passar oito meses em Pasadena, Califórnia, ele viu pela primeira vez uma pintura cubista de Picasso. Ele lembrou mais tarde que “nenhum dos eventos reais na vida de alguém foi mais real do que isso, e ainda continua sendo um padrão pelo qual julgo qualquer realidade em meu próprio trabalho”.

Em 1922, em Londres, o Sr. Nicholson fez seu primeiro show individual. Mas foi somente na década de 1930 que ele começou a produzir seus célebres relevos totalmente brancos esculpidos em madeira e placa sintética.

Enquanto vivia em Londres entre as Guerras Mundiais – então também a casa de Mondrian, Gabo, Moholy-Nagy e Gropius – o Sr. Nicholson editou Circle, uma publicação dedicada à arte construtivista. Ele também se juntou a uma associação de vanguarda de artistas e arquitetos chamada Unit One.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ele continuou a expor em Londres, mas mudou-se para a Cornualha, onde permaneceu por 20 anos na comunidade artística de St. Ives. Lá ele produziu naturezas-mortas monumentais que mesclavam elementos do cubismo com a abstração. Aclamação Internacional

O Sr. Nicholson alcançou a atenção internacional em 1952, quando ganhou o primeiro prêmio na Carnegie International Art Exhibition em Pittsburgh. Dois anos depois, ele ganhou o Prêmio Ulissi com uma exposição retrospectiva na Bienal de Veneza, gerando convites para uma turnê europeia da mostra.

Em 1955, quando a exposição chegou à Tate Gallery de Londres, que agora abriga nada menos que 63 das obras do artista, Nicholson ganhou o Prêmio do Governador de Tóquio, bem como o dos Críticos de Arte Belgas em Paris. Em 1956, ele ganhou o primeiro Prêmio Internacional Guggenheim de $ 10.000. No ano seguinte, ele levou o primeiro prêmio na Bienal de São Paulo como o melhor pintor estrangeiro. Em 1968, a Rainha Elizabeth II fez do Sr. Nicholson um membro da Ordem do Mérito, um grupo limitado a 24 pessoas.

Um homem pequeno e enérgico, que lembrava os santos de rosto macilento de El Greco, o Sr. Nicholson ganhou a reputação de ser temperamental e difícil.

Parte da vida

Escrevendo em Horizon em 1941, ele argumentou que ao ver arte abstrata, ao invés de representacional,: “Não há necessidade de se concentrar; torna-se parte da vida. Acho que muito longe de ser uma expressão limitada, compreendida por poucos, a arte abstrata é uma linguagem poderosa, ilimitada e universal.”

Ben Nicholson faleceu em 8 de fevereiro de 1982, aos 77 anos, de complicações cardíacas, em Manhasset, Nova York.

O Sr. Nicholson foi casado três vezes. Ele teve dois filhos e uma filha com sua primeira esposa, Winifred Dacre Roberts, uma pintora e escritora. Com sua segunda esposa, a escultora Barbara Hepworth, ele teve trigêmeos – um filho e duas filhas. Ambos os casamentos terminaram em divórcio. Em 1957, casou-se com Felicitas Vogler, escritora e fotógrafa.

Ben Nicholson, um pintor abstrato que morreu em 6 de fevereiro aos 87 anos, deixou US$ 3,56 milhões, de acordo com seu testamento, publicado em 6 de novembro de 1982. A maior parte da propriedade foi para sua família, incluindo três filhos e três filhas. Ele também deixou US$ 16.800 para Sir Norman Reid, ex-diretor da Tate Gallery, onde muitos dos trabalhos de Nicholson estão em exibição.

(Crédito: https://www.nytimes.com/1982/11/06/world – The New York Times/ MUNDO/ Arquivos do New York Times/ por AP – 6 de novembro de 1982)

(Crédito: https://www.nytimes.com/1982/02/10/arts – The New York Times/ ARTES/ Arquivos do New York Times/ Especial para o New York Times – 10 de fevereiro de 1982)

Sobre o Arquivo
Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação online em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o Times não os altera, edita ou atualiza.

(Fonte: Revista Veja, 17 de fevereiro de 1982 – EDIÇÃO 702 – DATAS – Pág: 69)

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