Berenice Azambuja foi gaiteira, cantora e compositora
Nome marcante da música gaúcha
Berenice Azambuja (Porto Alegre, 21 de março de 1952 – Passo Fundo, cidade ao norte do Rio Grande do Sul, 3 de junho de 2021), gaiteira, cantora e compositora, era uma das mulheres pioneiras do tradicionalismo gaúcho.
Natural de Porto Alegre, Berenice foi umas das mulheres pioneiras no tradicionalismo gaúcho. Ela soma 17 discos gravados, sendo que três conquistaram o Disco de Ouro.
Um dos nomes mais marcantes da música gaúcha, a artista era filha de pai músico e mãe artista de circo. Ainda criança, na década de 1960, apresentou-se no programa de auditório Clube do Guri, da Rádio Farroupilha, acompanhando Elis Regina no acordeão, instrumento que aprendeu a tocar com a tia.
Natural de Porto Alegre, Berenice da Conceição Azambuja acumulava 17 discos gravados ao longo de sua carreira, sendo que três conquistaram o Disco de Ouro. Filha de pai músico e mãe artista de circo, começou sua trajetória na música ainda criança, quando fez uma apresentação no programa de auditório Clube do guri, da rádio Farroupilha, na década de 1960, acompanhando Elis Regina no acordeão, instrumento que aprendeu a tocar com a tia.
Desde os 15 anos, Berenice tocava em bailes regionalistas. No lugar do vestido de prenda, a cantora usava o chiripá, veste masculina ligada à tradição indígena que lhe permitia uma melhor mobilidade do que o traje feminino. Alvo de críticas por parte dos tradicionalistas mais conservadores, a indumentária acabou virando uma das características marcantes da artista.
Entre 17 discos gravados ao longo da carreira, o de 1980, intitulado Romance de Terra e Pampa, trazia aquele que se tornou o maior sucesso da cantora: É Disso Que o Velho Gosta, composição sua em parceria com Gildo Campos.
Em 2016, Berenice tentou ingressar na carreira política, candidatando-se a vereadora no município de Cidreira, no litoral gaúcho. Concorrendo pelo PSD, a cantora obteve apenas 23 votos e não foi eleita.
Em março de 2021, Berenice foi homenageada no programa Galpão Crioulo, da RBS TV, em um especial do Mês da Mulher.
O produtor musical Airton dos Anjos, responsável pelos primeiros discos de Berenice Azambuja, contou que conheceu a cantora por intermédio do jornalista Hamilton Chaves. E, com o passar dos anos, se transformou em amigo da cantora.
— Ela era a minha mimosa. A Berenice foi uma grande filha e fez um sucesso que pegou todo mundo de surpresa. Era uma parceira e fazia parte da turma da boêmia. Temos muitas histórias juntos — contou a GZH.
Ele ainda recorda que, por volta dos anos 1980, o promotor carioca Albino Pinheiro cedeu o espaço do Projeto Seis e Meia, que acontecia no teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, para os artistas gaúchos que faziam parte do MPG (Música Popular Gaúcha), com uma condição: “que a maior cantora do Brasil estivesse junto”. Ao questionar quem seria a artista, Airton dos Anjos ouviu como resposta: “Berenice Azambuja”.
O produtor musical, surpreso que a fama da cantora já havia atravessado as fronteiras do Estado, então, convocou Berenice e todos os artistas que faziam parte da cena musical a se apresentaram no teatro carioca.
— Foi um sucesso e só aconteceu por causa da Berenice— comemora Airton.
(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 58 – N° 20.040 – 5 E 6 DE JUNHO DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 34)
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2021/06 – Correio Braziliense / DIVERSÃO E ARTE – 04/06/2021)
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/musica/noticia/2021/06 – CULTURA E LAZER / MÚSICA – 04/06/2021)