Braguinha, empresário que ajudou Senna, Guga, Fittipaldi e Pelé
Foi um dos principais mecenas do esporte no Brasil
Antônio Carlos de Almeida Braga (São Paulo, 2 de julho de 1926 – Portugal, Sintra, 12 de janeiro de 2021), empresário e mecenas do esporte, foi um dos principais incentivadores do esporte no Brasil. Ele foi um dos principais investidores do esporte e teve papel muito importante no setor financeiro do Brasil.
Após se destacar nos ramos segurador e financeiro, Braguinha, como era conhecido, fez fama como mecenas do esporte brasileiro. Financiou desde atletas a times profissionais de vôlei, iniciando o movimento que tornaria o País uma potência mundial no esporte. Era próximo de atletas como Pelé, os pilotos Ayrton Senna e Emerson Fittipaldi e o tenista Gustavo Kuerten.
Braga foi um importante mecenas (disponibilizou recursos, patrocinou) do esporte brasileiro. Ele ajudou bastante o Pelé na parte financeira nos anos 60, como o próprio craque já declarou. Ele também patrocinou Emerson Fittipaldi na Fórmula 1 desde o início da carreira do piloto. No esporte, se tornou bem próximo de Ayrton Senna.
Nos anos 80, introduziu o patrocínio corporativo no Brasil com o time de vôlei Atlântica Boavista, no Rio, que contava com estrelas do esporte como Bernard, Bernardinho, Renan e Xandó.
Conhecido por ter financiado grandes nomes do esporte brasileiro, Braguinha foi dono da Atlântica Boavista, uma das maiores seguradoras do Brasil, que depois se transformou em Bradesco Seguros. Através da empresa, o empresário investiu do vôlei nacional, tendo papel direto na seleção medalhista de prata nas Olimpíadas de 1984.
Braguinha ainda ajudou financeiramente lendas do esporte brasileiro, como Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Guga e Pelé.
O mecenas apoiou a carreira do maior tenista da história do País desde o início. No bicampeonato no Aberto da França, em Roland Garros, em 2000, um dos auges da trajetória de Guga, mereceu agradecimento especial no discurso da vitória, sobre o sueco Magnus Norman.
No mundo dos negócios, Braguinha chamou a atenção pelo trabalho nos anos 1970 e 1980. Herdeiro do grupo Atlântica Seguros, um dos maiores do setor no País na época, o empresário entraria para a alta administração do Bradesco ao negociar a incorporação que daria origem ao Bradesco Seguros, em 1983.
Como resultado, Braguinha se tornou importante acionista do então maior banco do País, mas acabou desfazendo o negócio cinco anos depois, vendendo sua participação a outros acionistas. O empresário fundaria depois o grupo Icatu, mas se aposentaria em seguida, dedicando seu tempo a apoiar o esporte e acompanhar competições.
Foi descrito como um empresário “ousado”, personagem fundamental para a constituição do mercado de seguros no País, em vídeo institucional da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), que promove um prêmio de inovação com o nome de Braguinha.
Almeida Braga faleceu em 12 de janeiro de 2021, em Sintra, Portugal, aos 94 anos de idade. Com a saúde debilitada, Antônio Carlos deixou o Brasil em 2020, após o começo da pandemia da Covid-19.
No futebol, era um conhecido torcedor do Fluminense. “O Fluminense Football Club lamenta o falecimento de seu sócio benemérito Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, que ao longo de sua vida prestou inúmeros serviços ao clube e ao esporte brasileiro”, escreveu o clube carioca em sua conta no Twitter.