Bráulio Barbosa de Lima. O Garoto de Ouro, batizado desta forma por Mendes Ribeiro, narrador da Guaíba, em 1966, quando marcou um golaço contra o Cruzeiro de BH numa vitória de 3 a 1. Sofreu quando jogava no Inter. Os Mandarins chegaram ao clube em 71 e queriam implantar nova filosofia. Queriam jogadores aguerridos e Bráulio para eles era franzino e cheio de firulas. Queriam ver de titular Sérgio Galocha. E o pior é que acabava sendo ruim para os dois, pois Sérgio sentia a pressão de boa parte da torcida, que adorava Bráulio. O assunto era tão polêmico que um gol dele, em 71, contra o Santos, decidiu eleição. O jogo era à tarde e a eleição, à noite. Stechman contra Aldo Dias Rosa. O Inter venceu por 1 a 0, gol de Bráulio, e isso bastou para mudar o pleito. O favorito Aldo perdeu, pois defendia a saída do Garoto de Ouro. Bráulio é casado com Evelise, pai de Leonardo, Camilla e Júlio. E vô bobão de Benjamin e Eduardo. Nasceu em 4/8/1948. Ídolo do Coritiba, se emociona em lembrar as homenagens prestadas. Recentemente, recebeu uma chuteira de ouro, um DVD sobre sua vida e duas cadeiras permanentes. Começou em 63 no infanto do Inter. Em 65, jogou no melhor time juvenil da história, segundo Abílio dos Reis; em 66 foi para os profissionais, ficou até 73. Em 74, cansado de tanta polêmica, foi para Coritiba, América-RJ, Botafogo, Coritiba, outra vez, e encerrou no Universidad de Chile. Hoje é assessor de Noveletto. Representa o presidente em muitas solenidades e é responsável pela escalação dos delegados dos jogos. Tem uma frase que sempre utiliza para caracterizar como o futebol é polêmico: ‘O futebol e uma carreira de sucesso são desejo e vontade de muitos, mas prazer de poucos’. Bráulio hoje vai torcer pelo Inter contra o Coritiba. É colorado fanático.
(Fonte: Correio do Povo 2009 – CP MEMÓRIA – POR ONDE ANDA)