Carilda Oliver Labra, símbolo do verso erótico, é considerada uma das principais vozes femininas da literatura em Cuba

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Carilda Oliver Labra, poeta cubana que exaltou erotismo, feminilidade e liberdade da mulher

 

Autora de ‘Me Desordeno, amor, me Desordeno‘, ela era uma das principais vozes femininas da literatura do país.

 

Carilda Oliver Labra (Matanzas, 6 de julho de 1922 – Matanzas, 29 de agosto de 2018), poetisa cubana, símbolo do verso erótico em Cuba, era autora de uma obra de mais de 40 livros publicados em vários idiomas.

 

A autora do célebre “Me Desordeno, amor, me Desordeno” é considerada uma das principais vozes femininas da literatura em Cuba.

 

Advogada, professora, desenhista e escultura, ela nunca escondeu que sua verdadeira paixão era a poesia.

Nascida em Matanzas, 100 km a leste de Havana, onde viveu toda sua vida, Oliver começou a poesia em 1943 com seu primeiro livro “Preludio Lírico”.

Sete anos depois, em 1950, ganhou o Prêmio Nacional de Poesia, concedido pelo Ministério da Educação por seu livro de poesia mais conhecido “Al sur de mi garganta” (1949).

 

Desafiando a repressão da ditadura de Fulgencio Batista (1952-1958), escreveu seu “Canto a Fidel”, um poema dedicado ao líder Fidel Castro, que, em seguida, comandou uma guerrilha na Sierra Maestra contra Batista.

 

O segundo de seus mais de 40 livros, “Al sur de mi garganta” (1949), a colocou definitivamente no mapa literário nacional e internacional. Publicado com verba própria, em tom descontraído e muito autobiográfico, o texto deixou transparecer uma forte personalidade que depois escandalizaria a conservadora sociedade cubana da época, que a premiou com o cobiçado Prêmio Nacional de Poesia um ano mais tarde.

Em 1957, Carilda escreveu o famoso poema “Canto a Fidel” e o enviou a Sierra Maestra. Após o triunfo da Revolução, em 1959, Carilda já era uma das poetisas cubanas mais proeminentes e uma das mais transgressoras.
Em 1998, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura, o mais importante concedido a um escritor na ilha.

Oliver se formou na licenciatura em Direito, e cultivou uma poesia erótica alegre, que lhe valeu grande popularidade.

 

Casada várias vezes – seu último marido foi o também poeta Raidel Hernández Fernández, de 46 anos – e protagonista de diversos romances, como ela mesma relatava em seus versos, Carilda rompeu com as tradições e usou a poesia para defender o erotismo, a sensualidade, a feminilidade e a liberdade de escolha da mulher.

Carilda Oliver morreu em 29 de agosto de 2018, aos 96 anos, em sua cidade natal, Matanzas.

“A Prêmio Nacional de Literatura foi uma das mais sobressalentes poetisas de Cuba e Hispanoamérica, e os cubanos e em particular os matanceros agradecem essa vida consagrada por inteiro à poesia”, expressou o jornal Juventud Rebelde sem informar a causa da morte.

 

Até os últimos dias, Carilda se manteve ativa e lúcida, promovendo eventos no antigo casarão da família, onde foi feito o seu último registro em vídeo, quando recebeu uma homenagem do governo de Matanzas pelo seu aniversário de 96 anos, no dia 6 de julho.

(Fonte: https://istoe.com.br – Vista de Havana – AFP/Arquivos – 29/08/18)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2018/08/29 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por Agencia EFE – 29/08/2018)

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