O escritor norte-americano focou sua obra em poemas sobre a vida do cidadão comum dos EUA
Carl Sandburg (Galesburg, Illinois, 6 de janeiro de 1878 – Flat Rock, Carolina do Norte, 22 de julho de 1967), poeta, historiador, novelista e folclorista norte-americano.
Tornou-se conhecido por suas poesias e por sua biografia de Abraham Lincoln, que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer. Um molde do rosto de Sandburg, juntamente com o do cientista Albert Einstein, foi usado para formar o rosto do ET do filme ET – O Extraterrestre de Steven Spielberg.
Sandburg nasceu em Galesburg, Illinois, no dia 6 de janeiro de 1878. Seus pais, August e Clara, eram imigrantes suecos. Os Sandburgs eram muito pobres. Carl deixou a escola aos 13 anos para exercer trabalhos esporádicos, desde a colocação de tijolos até a lavagem de pratos. Aos 17 anos viajou para Kansas, perambulando como vagabundo. Serviu então, por oito meses, em Porto Rico, durante a Guerra Hispano-americana. Lá, Sandburg conheceu um estudante do Lombard College, uma pequena escola localizada em sua cidade de origem. O jovem convenceu-o a se matricular na escola quando voltasse da guerra.
No colégio, Sandburg atraiu a atenção do professor Philip Green Wright, quem não apenas o encorajou a escrever como também pagou pela publicação de sua primeira coletânea de poesias, um livreto chamado Reckless Ecstasy (Êxtase Temerária, 1904). Embora tenha frequentado o colégio Lombard durante quatro anos, nunca chegou a se diplomar. Receberia mais tarde diplomas honorários do Lombard, do Knox College e da Universidade Northwestern. Após concluir o curso, mudou-se para Milwaukee, onde trabalhou como redator de publicidade e repórter. Lá conheceu e se casou com Lillian Steichen, que ele chamava de Paula, irmã do fotógrafo Edward Steichen. Simpatizante do ideal socialista, Sandburg passou então a trabalhar pelo Partido Social-Democrata em Wisconsin e, mais tarde, como secretário do primeiro prefeito socialista de Milwaukee, de 1910 a 1912.
Os Sandburgs logo se mudaram para Chicago, onde Carl tornou-se editorialista do Chicago Daily News. A editora da publicação, Harriet Monroe, deu início a uma seção Poetry: A Magazine of Verse (Poesia: uma revista do verso), publicando poemas de Sandburg e o estimulando a escrever em versos livres, no estilo de Walt Whitman que cultivava no colégio.
Monroe gostava da simplicidade dos poemas, o que distinguia Sandburg de seus predecessores. Nesse período, passou a ser reconhecido como membro da renascença literária de Chicago, que incluia Ben Hecht, Theodore Dreiser, Sherwood Anderson e Edgar Lee Masters. Firmou sua reputação com Chicago Poems (1916) e em seguida com Cornhuskers (Descascadores de Milho – 1918). Logo após a publicação dessas obras, escreveu Smoke and Steel (Fumaça e Aço – 1920), sua primeira tentativa de encontrar o belo na moderna industrialização. Com esses trabalhos, Sandburg tornou-se conhecido por seus poemas de versos livres celebrando a América industrial e agrícola, sua geografia e paisagens e as pessoas comuns dos Estados Unidos.
Nos anos 1920, deu início a alguns de seus mais ambiciosos projetos, inclusive um estudo aprofundado de Abraham Lincoln. Desde a infância, Sandburg admirava o legado do presidente Lincoln. Durante trinta anos colecionou material e gradualmente começou a escrever os seis volumes da biografia definitiva do antigo presidente. Nesses mesmos anos viram as coletâneas do folclore norte-americano, as baladas no The American Songbag (O Cancioneiro Americano) e The New American Songbag (1950) e livros para crianças de Sandburg. Estes volumes continham peças coligidas de seus giros anuais pelos Estados Unidos, tocando banjo ou guitarra, cantando canções folclóricas, recitando poemas.
Nos anos 1930, Sandburg prossegue com sua celebração do país com Mary Lincoln, Wife and Widow (Mary Lincoln, Mulher e Viúva – 1932), The People, Yes (O Povo, Sim – 1936) e a segunda parte da biografia de Lincoln: Abraham Lincoln: The War Years (Abraham Lincioln, Os Anos de Guerra – 1939), pelo qual foi galardoado com o Prêmio Pulitzer. Recebeu um segundo Prêmio Pulitzer por Complete Poems em 1950. Suas últimas coletâneas de poesias foram Harvest Poems (Poemas da Colheita – 1910-1960) e Honey and Salt (Mel e Sal – 1963).
Carl Sandburg morre em 22 de julho de 1967 em Flat Rock, Carolina do Norte.
(Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias- MEMÓRIA/ Por Max Altman – São Paulo – 22/07/2012)