Diretor de fotografia italiano
Carlo Di Palma (Roma, 17 de abril de 1925 — Roma, 9 de julho de 2004), foi um dos maiores diretores de fotografia do mundo.
Ele iniciou sua carreira na Itália, como assistente de câmera em filmes de Luchino Visconti e, logo em seguida, trabalhou com autores como Roberto Rossellini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci e Michelangelo Antonioni.
Desde 1985 e durante 18 anos, ele foi o fotógrafo preferido de Woody Allen, com quem colaborou em filmes como Hannah e Suas Irmãs, A Era do Rádio, Simplesmente Alice, Maridos e Esposas, Misterioso Assassinato em Manhattan e Desconstruindo Harry.
A marca de Di Palma sempre foi a cor. Ele provocou sensação quando fotografou, em 1964, o primeiro longa colorido de Antonioni. Houve antes a experiência pioneira do episódio que o grande cineasta fez para As Três Faces de Uma Mulher, veículo para a estreia cinematográfica da ex-imperatriz do Irã, a lendária Soraya.
Com o Deserto Vermelho, Antonioni, o autor da solidão e incomunicabilidade, passou a usar a cor para expressar a neurose e a alienação de suas personagens. Di Palma e ele pintaram casas e ruas inteiras na locação escolhida (Ferrara) para revelar a angústia anterior de Giuliana, uma das mais intensas criações de Monica Vitti.
Ele próprio dirigiu alguns filmes, incluindo o documentário, Addio a Enrico Berlinguer, sobre o impacto que lhe causou a morte do célebre comunista italiano. É autor também de um livro Qui Comincia l’Avventura (Aqui Começa a Aventura), editado em 1975 nos EUA e que ele transformou em filme (americano) naquele mesmo ano.
Carlo Di Palma faleceu em 9 de julho de 2004, aos 79 anos, em sua casa, em Roma.
“Carlo foi e será sempre um grande artista”, disse o prefeito de Roma, Walter Veltroni, durante a cerimônia fúnebre, entre familiares e a nata do cinema italiano.
(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema – CULTURA / NOTÍCIAS / CINEMA / Por Agência Estado – 14 de jul. de 2004)