Carmen Violeta, bailarina e consagrada atriz do cinema mudo, considerada musa da Cinédia

Carmen Violeta (Santana do Livramento, 1908 – Rio de janeiro, 11 de junho de 2005), bailarina e consagrada atriz do cinema mudo, considerada musa da Cinédia

Nascida como Germana Barbosa em Santana do Livramento, RS, em 1908, e ainda jovem, foi para o Rio de Janeiro, onde teve início sua carreira artística através da dança e do canto lírico. Em 1929, teve sua estréia no filme “Barro Humano” de Adhemar Gonzaga. Esse encontro marcaria para sempre a carreira da atriz, ao integrá-la à galeria de musas da Cinédia, estúdio que ele montara no Rio de Janeiro com o objetivo de realizar filmes com apelo popular, sem abrir mão da qualidade artística e técnica. Era uma difícil missão para qualquer um, mas não para Gonzaga.

Violeta, participou dos dois primeiros filmes da Cinédia, “Lábios Sem Beijos” 1930, de Humberto Mauro – e “Mulher” 1932-de Octávio Gabus Mendes. Foi muito elogiada sua atuação no filme ” Mulher “que tinha uma temática bem ousada para a época, e torna-se um dos maiores sucessos do estúdio. Em 1932, Carmen Violeta volta a ser dirigida por Gabus Mendes em “Onde a Terra Acaba” (1933) seu último filme no cinema nacional. Em 10 de junho de 2005, o filme “Mulher” inaugurou o complexo Reserva Cultural, onde antes abrigava os cinemas Gazeta, Gazetinha e Gazetão, na avenida Paulista.

 

Estrelado por Carmen Violeta e Celso Montenegro, astros de primeira grandeza do cinema mudo brasileiro, o filme ‘Mulher’, de Octávio Gabus Mendes, lançado em 1931 é um dos clássicos produzidos pela Cinédia.

Mudo e em preto-e-branco, ‘Mulher’ conta a história de uma jovem, vivida por Carmen Violeta, que é expulsa de casa pelo padrasto depois de se envolver com um de seus pretendentes. Inicialmente, o papel seria de Lelita Rosa, outra estrela da época, mas ela recusou o papel por estar comprometida com outro trabalho.

Reza a lenda que a uma das cenas iniciais do filme mostrava uma favela, mas, com medo de causar uma repercussão negativa internacionalmente, foi removida e destruída.

(Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2016/05 – NOTICIA/ Por Bruno Astuto – 09/05/2016)

(Fonte: http://www.revistaformasemeios.jex.com.br/Cinema Antigo/Carmen Violeta – 11/06/2005)