Carvalho Pinto: prudência
Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto (São Paulo, 15 de março de 1910 – São Paulo, 21 de julho de 1987), político, advogado e economista paulista que foi governador (31 de janeiro de 1959 até 31 de janeiro de 1963) e senador por seu Estado e ministro da Fazenda do governo João Goulart (1961 a 1964) por seis meses em 21 de junho de 1963 até 19 de dezembro de 1963.
Ao longo de sua vida pública, terminada em 1974, quando, concorrendo pela extinta Arena, perdeu a vaga para o Senado para o governador de São Paulo, Orestes Quércia (1938-2010), ganhou fama de administrador severo, mas de político pouco arrojado e indeciso.
Manteve, porém, extraordinária coerência nos cargos administrativos que ocupou, nos quais mostrou-se adepto da contenção dos gastos públicos e do rígido controle sobre as despesas. Enquanto esteve no Ministério da Fazenda enfrentou dura oposição de Leonel Brizola (1922-2004), que cobiçava o cargo e acabou conseguindo de João Goulart a diminuição dos poderes arrecadadores do ministro, o que levou Carvalho Pinto a se demitir do cargo.
Seu governo, que decorreu de 1959 a 1963, orientou-se pelas diretrizes delineadas no seu PAGE (Plano de Ação do Governo do Estado). Tendo como um de seus principais secretários Plínio de Arruda Sampaio (1930-2014), foi o primeiro governador a estabelecer um planejamento orçamentário dos vários setores da administração pública.
Iniciou a construção da Usina Hidrelétrica de Urubupungá, projetou as usinas Mário Lopes Leão (1912-1980), de Promissão, Paraitinga-Paraibuna e Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, de Capivari.
Carvalho Pinto faleceu em São Paulo, dia 21 de julho de 1987, aos 77 anos, de complicações cardíacas.
(Fonte: Veja, 29 de julho de 1987 – Edição 986 – DATAS – Pág: 89)