Ex-narrador esportivo Celestino Valenzuela
Conhecido pelo bordão ‘que lance’, Celestino foi um dos principais narradores esportivos do estado.
Celestino Valenzuela (Alegrete, 9 de junho de 1928 – Porto Alegre, 15 de outubro de 2020), ex-narrador esportivo, ícone da narração esportiva no Rio Grande do Sul.
Valenzuela marcou época ao se transformar em uma das vozes das conquistas da Libertadores e do Mundial de 1983 pelo Grêmio. Ele também trabalhou durante as conquistas dos títulos brasileiros do Inter na década de 70. Ele era conhecido pelo uso do bordão “Que lance!”.
Famoso pelo bordão ‘que lance’, Celestino foi um dos principais narradores esportivos do Rio Grande do Sul, narrando conquistas emblemáticas da dupla Gre-Nal, como o Mundial de Clubes do Grêmio em 1983 e o tricampeonato brasileiro do Inter em 1979.
Natural de Alegrete, na Fronteira Oeste do estado do Rio Grande do Sul, se dizia torcedor do Aimoré, clube de futebol de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Celestino Valenzuela nasceu em Alegrete, em 9 de junho de 1928. Ele trabalhou nas rádios Itaí, Farroupilha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Gaúcha e na RBS TV, onde apresentou o RBS Esporte.
Celestino trabalhou 19 anos na RBS TV, na narração de esportes e na bancada do Jornal do Almoço. Se aposentou em 1989.
Nelson Sirotsky destaca o período em que trabalhou com Celestino em 1992, quando a Rádio Gaúcha retomava a cobertura esportiva. Celestino foi coordenador de esportes da rádio e também da TV.
“Celestino ao longo da sua trajetória na RBS foi um profissional que marcou época no jornalismo esportivo do RS deixando sua marca, seu lance, que lance! Deixamos acima de tudo um exemplo admirável de profissionalismo, de seriedade e de caráter como ser humano”, afirma.
Celestino Valenzuela faleceu aos 92 anos, em 15 de outubro de 2020, em Porto Alegre.
Ele estava internado no Hospital São Francisco da Santa Casa. Segundo a família, ele teve um infarto em junho. No hospital, teve outras complicações. A morte teria sido de causas naturais.
“Ele era um cara muito respeitado, narrava para Globo também. Ele marcou uma época que já vinha do Geraldo José de Almeida, com vários bordões, “balançou a rede!” e “que lance!”. São coisas assim que a torcida gostava muito”, comenta Britto.
“Minha carreira, se não fosse ele, eu não sei que caminho teria seguido”, reconhece o jornalista.
Nas redes sociais, os clubes gaúchos também prestaram homenagem ao narrador e condolências a família. O Grêmio lembrou que Celestino narrou momentos inesquecíveis da história do clube, marcando gerações de gremistas.
Para os colorados, vão ficar na lembrança momentos marcantes da história do clube, tão bem descritos pela sua voz.
O governador Eduardo Leite também se manifestou pelas redes sociais, dizendo que Celestino foi um dos maiores comunicadores de todos os tempos.
Colegas do narrador também destacaram a lembrança que vai ficar da companhia e do profissionalismo de Celestino.
“A gente vai sentir saudade com certeza, mas o nome do Celestino e especialmente a amizade vai ficar aqui no nosso coração”, declara a jornalista Eduarda Streb.
“Celestino foi um excepcional colega, pessoa de caráter, companheiro, amigo de seus amigos sem vaidade nenhuma, um querido companheiro de pegar junto”, afirma Cláudio Brito, que também trabalhou com o narrador.
“Celestino, você deixou um legado enorme, isso ninguém vai apagar, é único. Vá em paz amigo”, finaliza o jornalista Jader Rocha.