Cem anos de inovação ma medicina. Os marcos do transplante de órgãos no mundo.
Uma das principais criações da medicina mundial nas últimas décadas, os transplantes são uma glória nacional desde 1968, quando o professor Euriclydes de Jesus Zerbini instalou um coração no peito de um boiadeiro internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo o que fez do Brasil o terceiro país do mundo a realizar uma cirurgia dessa natureza. Há vários anos o Hospital do Rim, em São Paulo, acumula a condição de mais ativa unidade de transplantes do mundo em sua especialidade.
Os brasileiros tomaram um primeiro contato com o universo dos transplantes em 1967, no sofá da apresentadora Hebe Camargo, que entrevistou o cirurgião sul-africano Christian Barnard o primeiro do mundo a fazer um transplante de coração em seu programa de TV.
Uma cirurgia dramática e de alto risco, indicada para pacientes desenganados, para quem a possibilidade de receber um órgão estranho, de outro ser humano, e colocá-lo para funcionar no próprio organismo representava a última esperança de permanecer vivo fosse por alguns meses, por um ano, quem sabe por vários anos.
Cem anos de inovação ma medicina. Os marcos do transplante de órgãos no mundo.
1905 – O oftalmologista austríaco Eduard Zirm faz o primeiro transplante de córnea.
1954 – O primeiro transplante de rins é realizado em Boston, nos EUA, entre irmãos gêmeos.
1963 – Primeiro transplante de fígado, em Denver, EUA. Só em 1967 a barreira de um ano de sobrevida seria quebrada por um paciente com fígado transplantado.
1966 – Três anos após o primeiro transplante de fígado, uma mulher recebeu, pela primeira vez, um pâncreas, junto com um fígado e o duodeno.
1967 O cardiologista sul-africano Christian Barnard realizou o primeiro transplante de coração na África do Sul. O paciente viveu 18 dias antes de morrer de pneumonia.
1983 O primeiro transplante de um pulmão foi feito com sucesso no Canadá. O primeiro transplante de ambos os pulmões só aconteceria em 1986.
2005 A francesa Isabelle Dinoire, desfigurada por seu cão, recebeu o primeiro transplante parcial da face.
(Fonte: Época Nº 533 4 de agosto, 2008 Editora Globo Medicina Isabel Clemente – Pág; 102/108)