Cenair Maicá, foi um dos grandes da música gaúcha de todos os tempos, um compositor de poesia poderosa como poucos há ou houve no Brasil

0
Powered by Rock Convert

Cenair Maicá, o cantor missioneiro

Natural de Tucunduva, morou a maior parte da vida em Santo Ângelo

Tributo a Cenair Maicá (www.gravadoravertical.com.br)

Tributo a Cenair Maicá (www.gravadoravertical.com.br)

Cenair Maicá (Tucunduva (RS), 3 de maio de 1947 – Porto Alegre, 2 de janeiro de 1989)foi um dos grandes da música gaúcha de todos os tempos, um compositor de poesia poderosa como poucos há ou houve no Brasil. Um Caetano Veloso missioneiro.

Cenair Maicá destacou em seu trabalho temas como natureza, água, terra e índios. Integra a cultura missioneira sulina formada por nomes como Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça. O grupo de amigos e artistas colaborou para que a identidade gaúcha se expandisse para além da região da campanha.

Cenair Maicá, nasceu em 3 de maio de 1947, em Tucunduva, mas passou a maior parte da sua vida em Santo Ângelo. Começou a carreira musical aos 10 anos, ao lado do irmão Adelqui, formando a dupla Irmãos Maicá. Morou com o pai, que era boiadeiro, durante uma década na Argentina. Foi vendedor de máquinas de escrever, administrou restaurante turístico. Participou de apresentações ao lado de José Mendes e chegou a ter música proibida pela censura.

Em 1970, vence o Festival Correntino, em Santo Tomé, na Argentina, com “Fandango na Fronteira”. Cenair divide o palco com o parceiro da composição, Noel Guarany. A vitória no evento favoreceu a gravação, no mesmo ano, do compacto “Filosofia de Gaudério”. O primeiro disco solo, “Rio de minha Infância”, seria gravado oito anos depois. A produção e a direção foram de Noel Guarany, também autor de quatro das dez músicas do álbum.

Com uma voz característica, ora forte, ora suave, foi autor e intérprete de sucessos como “Homem Rural”, “João Sem Terra”, “Rio Ibicuí” e “Da terra nasceram Gritos”.

Cenair Maicá era um ativista. Cantava por uma causa. Um exemplo são os versos de um dos seus maiores sucessos, “Canto Livre”: “Se meu destino é cantar, eu canto / Meu mundo é mais que chorar, não choro / A vida é mais do que um pranto, não sonho / Como um matize sonoro / Hay os que cantam desditas de amores, / Por conveniência, agradando senhores. / Mas os que vivem a cantar sem patrão / Tocam nas cordas do seu coração.”

Em entrevista ao Jornal Zero Hora, em 1985, disse:

– Eu canto o que vivo, não minto. O que não vivi, pego de outros poetas para cantar.

Em 1983, perde um dos rins. Na sequência, a saúde começa a ficar cada vez mais debilitada. Morre em 1989, aos 41 anos, na capital gaúcha. Como era de seu desejo, foi enterrado pilchado, de botas e lenço vermelho.

(Fonte: http://redeglobo.globo.com/rs/rbstvrs/galpaocrioulo/noticia/2013/05/figuras-gauchas- Figuras Gaúchas/ Por Marcelo Machado Da RBS TV – Galpão Crioulo – 07/05/2013)

(Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2015/01/david-coimbra-caetano-gil-roberto-e-cenair-maica-4691033 – OPINIÃO/ Por: David Coimbra – 31/01/2015)

Powered by Rock Convert
Share.