Charles Tristan de Montholon, general francês durante o período das guerras nepoleônicas.

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Charles Tristan de Montholon (1782 – 21 de agosto de 1853), general francês durante o período das guerras nepoleônicas, foi um conde da velha aristocracia francesa e general do Império, que em companhia de sua mulher Albine foi com o prisioneiro imperador francês Napoleão Bonaparte para o exílio na ilha de Santa Helena, em 1815.

Napoleão era amante de Albine, que deixou Santa Helena em 1919. Montholon, entretanto, ficou. Ele defendia a necessidade de se colocar na ilha um médico francês, indicado pelos Bourbons, a família real que sucedera Napoleão no trono da França.

Considerado um dos suspeitos de ter envenenado Napoleão, pois de 1821, quando o imperador morreu, acreditava-se que fora vítima de um câncer no estômago. Afinal, a autópsia feita em Santa Helena mostrava que o órgão estava macerado e tinha uma perfuração pela qual podia passar um dedo. Porém, suspeitou-se que isso pudesse ser consequência de um envenenamento quando nos anos 50, surgiu as memórias do camareiro de Napoleão e encontrou na narrativa os sintomas de um envenenamento por arsênico, que era usado na ilha para matar ratos.

Napoleão, em 1821, estava obeso como jamais estivera na vida. Ora, os doentes de câncer, no estágio final, emagrecem. Napoleão, porém, engordou até maio, precisamente envenenadas por arsênico. Além disso, na autópsia, um médico inglês observou que o fígado de Bonaparte estava inchado, outra pista para o veneno.

Montholon foi um de seus mais íntimos colaboradores, e há coincidência entre o que ele dizia em suas cartas e o que o governo francês dizia em notas oficiais. Montholon foi chantageado pelo conde dArtois, que viria a ser o rei Carlos X, pois furtara soldos de soldados durante a guerra, e mandado para a ilha com a tarefa de envenenar o prisioneiro.

Não existe uma prova conclusiva do crime de Montholon, mas deixa estabelecido que Napoleão morreu envenenado por uma das quatro pessoas que frequentavam sua pequena casa e sua intimidade. E, para agravar a situação do suspeito, Napoleão só bebia vinho de sua adega. Quem tinha a chave do quarto onde estava a barrica era Montholon, e, de acordo com as memórias dos companheiros de cativeiro de Napoleão, sempre que o imperador presenteava alguém com uma garrafa do seu vinho de pipa o homenageado adoecia.

(Fonte: Veja, 7 de abril de 1982 – Edição 709 – HISTÓRIA – Pág: 94/95)

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