Um dos mais importantes documentaristas do século 20
Chris Marker (29 de julho de 1921 Paris, 29 de julho de 2012), cineasta, fotógrafo, escritor e filósofo francês que teve uma longa e destacada trajetória na produção de documentários.
O diretor francês Marker era o paradoxo de um criador que seguia uma carreira própria e a serviço dos demais, criando e participando de decisivas experiências artísticas e políticas, como a obra coletiva Loin du Vietnã”.
Nascido como Christian-François Bouche-Villeneuve em 1921, Marker assinou aproximadamente 50 documentários, que, segundo a Cinemateca francesa, “influenciaram profundamente o cinema mundial” e abordaram as principais mudanças do século 20.
O curta-metragem de ficção científica “La Jetée” (1962), além de lhe tornar reconhecido, também aumentou sua projeção internacional, especialmente depois de servir de inspiração para o filme “Os 12 Macacos”, dirigido por Terry Gilliam e protagonizado por Bruce Willis.
Marker viajou, escreveu e se dedicou aos seus temas prediletos, como “a nostalgia do passado”, mas também colaborou com conhecidos artistas, caso de Alain Resnais (“Hiroshima mon amour”) e Costa Gavras (“Z”).
Marker morreu dia 29 de julho de 2012 em Paris, no dia em que completou 91 anos.
O presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob, foi um dos primeiros a prestar homenagem ao artista francês. Através de uma mensagem no Twitter, Jacob declara que o mundo perdeu um “cineasta infatigável, um poeta apaixonado, um personagem secreto e um imenso talento”.
A Cinemateca Francesa considerou Marker fruto de uma “arte de montagem poética” e “uma maneira desconhecida de olhar o mundo”, enquanto companheiros como Gavras exaltam sua dedicação “às lutas operárias e aos combates pela emancipação e independência”.
(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/2012-07-30 – CINEMA – EFE – 30/07/2012)