Cientistas criam pela primeira vez cromossomo totalmente sintético

Cientistas criam pela primeira vez cromossomo totalmente sintético

Uma parte essencial do “programa de computador” que faz as células de seres vivos como nós funcionarem pode ser substituída por uma “versão 2.0”, sintetizada em laboratório.

É isso que mostra uma nova pesquisa, na qual um grupo de cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, criou pela primeira vez cromossomo totalmente sintético de um organismo eucarionte, ou seja, que possui células complexas com núcleo, como seres humanos, animais e plantas. O organismo em questão é a levedura Saccharomyces cerevisiae.

É claro que pessoas e outros seres vivos complicados costumam possuir não um, mas diversos pares de cromossomos (23, no nosso caso, e 8, no caso da levedura).

Jef Boeke, chefe do estudo, e seus colegas estão entre as equipes de vanguarda numa área ainda incipiente, mas que tem conseguido avanços importantes: a chamada biologia sintética.

Indo além dos meros organismos transgênicos, que se caracterizam por terem recebido pedaços de DNA de outras espécies em seu genoma, a meta da biologia sintética é criar genomas do zero.

Tais conjuntos de DNA seriam montados peça por peça, de maneira a construir organismos novos com capacidades consideradas úteis, como produzir biocombustíveis, limpar poluentes ou produzir matérias-primas.

(Fonte: http://www.folha.uol.com.br – CIÊNCIA/ Por Reinaldo José Lopes – GENÉTICA – 28/03/14)