Cilinho, ex-técnico de futebol, passou por clubes como Santos, Corinthians, Ponte Preta, Portuguesa, Paulista de Jundiaí e XV de Jaú, entre outros

0
Powered by Rock Convert

Cilinho, ex-técnico do São Paulo responsável pelos Menudos do Morumbi

 

Cilinho orienta jogadores do São Paulo durante treino em 1985 (Foto: Arquivo Pessoal)

 

 

Cilinho, ex-técnico de São Paulo, Corinthians, Ponte Preta, Portuguesa, Santos e Guarani

 

 

Resumo

 

 

  • Cilinho teve carreira de destaque no futebol paulista entre as décadas de 1960 e 1990
  • Ao longo da trajetória profissional, passou por clubes como Santos, Corinthians, Ponte Preta, Portuguesa e XV de Jaú, entre outros
  • Suas principais conquistas vieram pelo São Paulo, pelo qual foi campeão paulista em 1985 e 1987

 

 

Cilinho (Campinas no dia 9 de fevereiro de 1939 – Campinas, em 28 de novembro de 2019), ex-técnico de futebol, foi ex-treinador de São Paulo, Guarani, Ponte Preta, entre outros. Responsável por revelar craques no futebol paulista, Cilinho liderou a equipe do São Paulo conhecida como “Menudos do Morumbi”, que contava com Muller, Silas, Careca, Pita e Sidney.

 

Teve o auge da carreira nos anos 1980, quando treinou o São Paulo. No tricolor paulista, teve um retrospecto vitorioso. Foi campeão estadual de 1985 e de 1987 e deixou formada a base dos times que venceram o Brasileirão de 1986 e o Paulistão de 1989. Apesar dos títulos conquistados, Cilinho acabou se destacando por ter dirigido um São Paulo ousado, alegre e ofensivo, repleto de jovens valores, mas reforçado por jogadores experientes, que ganharam o apelido de “Menudos do Morumbi”.

 

Foi no São Paulo que conquistou seus únicos títulos e ficou marcado no cenário nacional. Pelo time do Morumbi, foram 249 partidas, 111 vitórias, 87 empates e 51 derrotas. É o quinto treinador com mais jogos pelo tricolor paulista.

 

O ex-profissional de futebol Otacílio Pires de Camargo, mais conhecido como Cilinho teve passagens marcantes por Ponte Preta e São Paulo, onde comandou a geração apelidada de “Menudos do Morumbi”, ele também trabalhou em CorinthiansSantos, Portuguesa, Guarani, entre outros clubes.

 

O ex-técnico começou a carreira como treinador aos 27 anos, na Ferroviária, de Araraquara. Três anos depois, teve a oportunidade de dirigir a Ponte Preta, em sua cidade-natal, e conquistou os primeiros destaques na profissão. Montou a base do time que seria campeão da Divisão de Acesso, hoje conhecida como Série A2, de 1969, e foi vice-campeão paulista em 1970.

 

Foram ao todo nove passagens pelo Moisés Lucarelli: 1965, 1967-68, 1968, 1970-72, 1974, 1979, 1983-84, 1987 (quando trabalhou, entre outros, com o meia Raí, então no início da carreira) e 1995. É, até hoje, quem mais dirigiu a Ponte na história: 345 partidas. Entre uma e outra passagem pela Ponte, Cilinho treinou Portuguesa, Sport, Comercial, XV de Jaú e Santos, entre outros.

Nascido em Campinas no dia 9 de fevereiro de 1939, Otacílio Pires de Camargo teve grande destaque como treinador entre as décadas de 1960 e 1990, especialmente no futebol paulista. Passou por clubes como Santos, Corinthians, Ponte Preta, Portuguesa, Paulista de Jundiaí e XV de Jaú, entre outros.

 

Seu principal momento veio, no entanto, no São Paulo. Pelo clube do Morumbi, foi duas vezes campeão paulista, em 1985 e 1987, contando com um elenco formado majoritariamente por jovens jogadores – destaque para Müller, Silas, Pita, Careca e Sidney, entre outros nomes. O time ganhou o apelido de “Menudos do Morumbi”, em referência ao grupo musical Menudo, sucesso a partir do fim da década de 1970.

 

Cilinho foi o técnico do time Associação Atlética Ponte Preta vice-campeão no Paulistão em 1970 (trabalhou também em 1969, mas antes do título da Série A2, e em 1979, quando deixou o clube antes do vice estadual para o Corinthians). Sob o comando de Cilinho, nos 345 jogos, teve: 144 vitórias, 108 empates e 93 derrotas. A estreia foi contra o Taubaté, em agosto de 1965, com vitória da Macaca por 1 a 0 (…).

 

O auge da carreira foi no São Paulo, onde chegou em 1984 e ajudou a construir o time que fez história no ano seguinte. Apelidado de “Menudos do Morumbi”, a geração de Silas, Pita, Muller, Careca e Sidney ganhou o Paulistão de 1985 e encantou o Brasil com um futebol ofensivo. No ano seguinte, já sem Cilinho, o Tricolor foi campeão brasileiro com Pepe.

Em 1987 São Paulo recontratava Cilinho. O treinador voltaria ao São Paulo para vencer mais um estadual, o de 1987.

O trabalho no São Paulo foi marcante a ponto de criar uma fama de Cilinho sempre trabalhar com jovens. Apesar do destaque na década de 1980, o técnico campineiro nunca teve a chance de dirigir a seleção brasileira, mesmo sendo cogitado para o cargo. A vida de Cilinho seguiu por outros caminhos.

Em 1989, comandou o Guarani, de onde saiu para ser vice-campeão paulista com o Corinthians, em 1991. Passou ainda por Portuguesa, Bragantino, XV de Jaú, São José e América-SP nos anos 90. Em 2011, voltou ao futebol para comandar o Rio Branco, mas a passagem pelo time de Americana durou poucos meses, até fevereiro de 2012, quando pediu demissão.

Cilinho faleceu na cidade de Campinas, em 28 de novembro de 2019, aos 80 anos – que sofreu um AVC em 2018 e vinha se recuperando desde então – faleceu na própria casa.

Em nota, a Ponte lamentou a perda do treinador que mais comandou seu time principal na história. Foram 345 partidas, em nove passagens.

A Associação Atlética Ponte Preta se solidariza com toda família e agradece o imenso legado que Cilinho deixa não apenas no clube, mas no futebol brasileiro, diz a nota do clube campineiro.

 

Responsável por revelar craques no futebol paulista, Cilinho liderou a equipe do São Paulo conhecida como “Menudos do Morumbi”, que contava com Muller, Silas, Careca, Pita e Sidney. O UOL Esporte falou com alguns dos jogadores revelados por ele e outros amigos do universo boleiro, que lamentaram a morte do ex-técnico.

“Cheguei no São Paulo em agosto de 1984 e encontrei o Cilinho como treinador. Foi um os meus melhores momentos no futebol. Fui muito feliz, porque o nosso time era muito bom e éramos amigos de verdade. O Cilinha era um fantástico treinador. Exigente, mas divertido. Aprendi muito com ele. Eu jogava com a 8, e o careca com a 9. Ele nos treinava para ser uma dupla mesmo. Tabelas, movimentações. Sinto muito pela sua morte. Um beijo aos familiares.”

Casagrande, ex-jogador e comentarista da Globo

 

 

“Ah, Cilinho foi um pai. Ele que me subiu para o profissional, foi quem me ajudou, quem me aconselhou com relação à vida, não só com relação ao futebol. Ele estava sofrendo, porque estava mal. Ficava internado e em casa também quando não estava no hospital. O futebol deve muito a ele, e eu devo muito a ele. Muitos ex-jogadores vão dizer a mesma coisa, porque realmente ele cuidava da gente não só no aspecto profissional. O Cilinho era um amante do gol, não gostava de jogar pra trás nem para os lados, e isso ele inseriu na nossa cabeça. Tanto que os jogadores que passaram por ele alcançaram seleção brasileira, alguns foram campeões mundiais. Ele era um perfeccionista neste aspecto.”

Silas, ex-jogador de São Paulo

 

“O Cilinho foi o mestre taticamente. Na época do São Paulo, ele fazia muito treino técnico, tático com bolinha de tênis, com bolinha oval, aproximações que hoje já fazem, mas ele fazia em 84. Para mim, foi um dos melhores treinadores que eu trabalhei. Foi um cara que tinha uma visão muito na frente. Ele estudava futebol, comia futebol. Isso tudo era o Cilinho, ele sempre estava à frente no futebol. Está guardado tudo aquilo que aprendi com ele, não só como jogador. Aprendi muita coisa que levo hoje aqui na categoria de base”

Pita, ex-meia do Santos e São Paulo, e atual coordenador da base do SPFC

 

“Ele era um treinador diferente, um motivador, uma pessoa que realmente enxergava futebol como poucos, uma pessoa que revelou muita gente nova, mesclava experiência com juventude, treinador amigo, companheiro, exigente, inteligente. Foi uma pessoa que marcou muito a minha carreira e a minha vida como profissional. O Cilinho era um treinador que fazia espetáculo melhor que Jorge Jesus do Flamengo, que o treinador do Santos e muitos treinadores brasileiros. Ele era bem melhor, bem superior. Era um time que treinava junto, jogava junto, fazia dois toques juntos e dava espetáculo. A torcida levantava e batia palmas pelo futebol que o Cilinho implementou naquela época. Sei que hoje todos eles estão fazendo um futebol que o Brasil precisa, mas o Cilinho já fazia antigamente. Não é novidade, não”.

Zé Teodoro, ex-lateral direito do São Paulo

 

(Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/11/28 – ESPORTE / FUTEBOL / Por Vanderlei Lima Do UOL, em São Paulo – 28/11/2019)

(Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/11/28 – ESPORTE / FUTEBOL / Por Emanuel Colombari Do UOL, em São Paulo – 28/11/2019)

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/futebol/noticia – CAMPINAS E REGIÃO / FUTEBOL / NOTÍCIA / Por GloboEsporte.com — Campinas, SP – 28/11/2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.569 – 29 de NOVEMBRO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 37)

Powered by Rock Convert
Share.