Conheça a história do Egito
Mediado pelos EUA, tratado pôs fim a série de conflitos com Israel em 1979.
Presidente eleito após revolução, Mohamed Morsi foi deposto por miliares.
1882-1922 – Desde a conquista por tropas britânicas até a independência, o país passou 40 sob domínio da Inglaterra, dos quais 8 como protetorado. Em 1922, Fuad I é coroado rei.
1953 – Após a deposição do rei Fuad por oficiais liderados pelo coronel Nasser, em 1952, o Egito passa a ser oficialmente uma república. Nasser se torna primeiro-ministro e, mais tarde, presidente.
1956 – Grã-Bretanha, França e Israel invadem o Egito em outubro em resposta à nacionalização do Canal de Suez por Nasser. O cessar-fogo é declarado um mês depois.
1958 – Egito e Síria formam um só Estado, a República Árabe Unida, que tem Nasser como presidente (RAU). Em 1961, a Síria abandona a União.
1967 – As tensões entre Israel e seus vizinhos árabes culminam na Guerra dos Seis Dias. Na ocasião, Israel toma a Faixa de Gaza e o Sinai do Egito. Anexa ainda Colinas de Golã, da Síria, e também a Cisjordânia e a zona oriental da Jerusalém, da Jordânia.
1973 – Egito e Síria vão à guerra contra Israel durante o feriado judaico de Yom Kipur (Dia do Perdão) na tentativa de reconquistar o Sinai e as Colinas de Golã, perdidos no conflito de 1967. Mas as tropas são repelidas pelos isralelenses.
1975 – Canal de Suez é reaberto. Ele estava fechado desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando o Egito perdeu para Israel a península do Sinai e a Faixa de Gaza.
1979 – Assinado em Camp David, nos Estados Unidos, acordo de paz entre Egito e Israel. Pelo tratado, o governo israelense devolve a Península do Sinai aos egípcios. Países árabes repudiam o tratado e expulsam o Egito da Liga Árabe.
1981 – O presidente Anwar al-Sadat é assassinado por integrantes do grupo extremista islâmico Jihad e sucedido por Hosni Mubarak.
1989 – Egito é readmitido na Liga Árabe, da qual havia sido expulso dez anos antes.
1995 – Mubarak é alvo de tentativa de assassinato em Addis Abeba, na Etiópia, durante encontro da Organização da Unidade Africana.
1997 – Cinquenta e oito turistas são mortos em atentado no templo de Hatshepsut, perto de Luxor. O ataque é atribuído ao grupo fundamentalista islâmico al-Jamaah al-islamiyah.
2002 – As relações do Egito com Israel se deterioram em decorrência do acirramento dos conflitos entre israelenses e palestinos.
2005 – Após 24 anos no poder, Mubarak anuncia as primeiras eleições diretas da história do país. Candidato novamente, é reeleito para o quinto mandato consecutivo.
2007 – Jornais de oposição protestam contra “perseguição do governo” após 7 jornalistas serem presos e um editor condenado a seis meses de prisão após publicar artigo sobre rumores com relação à saúde do presidente.
2008 – Militares prendem 25 líderes da Irmandade Muçulmana e prendem outros 800 membros em um mês. O grupo de oposição boicota as eleições municipais.
2009 – O presidente dos EUA, Barack Obama, faz um discurso-chave no Cairo propondo um “novo começo” para as relações do país com o mundo árabe.
2010 (fevereiro) – O ex-diretor da AIEA, Mohammed ElBaradei retorna ao Egito para formar uma coalizão de oposição. Ele anuncia que será candidato nas eleições presidenciais previstas para setembro de 2011.
2010 (março) – Mubarak se submete a uma cirurgia na vesícula na Alemanha, retornando ao governo três semanas depois
2010 (novembro) – A Irmandade Muçulmana não conquista nenhum assento nas eleições parlamentares; seguem-se protestos por supostas fraudes nas eleições
2011 (janeiro) – 21 pessoas morrem durante uma explosão num igreja de cristãos copta em Alexandria, reacendendo tensões religiosas no país.
2011 (25 de janeiro) – Após dias de intensos protestos contra o governo, Mubarak declara toque de recolher e o Exército vai para as ruas.
2011 (1º de fevereiro) – No oitavo dia de intensos protestos, manifestantes convocam greve geral e tentam reunir 1 milhão de pessoas no Cairo. Em pronunciamento, Mubarak diz que não concorrerá a um próximo mandato e promete negociar transição com oposicionistas.
2011 (11 de fevereiro) – Após 18 dias de intensos protestos, que deixaram ao menos 300 mortos e mais de 5 mil feridos, segundo a ONU, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, renuncia ao cargo. O anúncio da renúncia foi feito pelo recém-nomeado vice-presidente, Omar Suleiman, em um curto pronunciamento na TV estatal, após o presidente ter dito, na véspera, que não deixaria o cargo. Mubarak entregou o poder ao Exército, disse Suleiman. A população comemora nas ruas a saída do presidente, após 30 anos.
2011 (19 de março) – Egípcios participam de votação sobre emendas constitucionais sugeridas pelo Exército, que são aprovadas
2011 (9 de outubro) – Confrontos entre cristãos e forças de segurança, iniciados após um ataque a uma igreja, deixam 25 mortos.
2012 (23 e 24 de março) – Primeiro turno da eleição presidencial é realizado. Morsi e Ahmed Shafiq, que foi premiê de Mubarak, vão para o segundo turno.
2012 (2 de junho) – Mubarak é considerado culpado pelo massacre de manifestantes durante a revolta de janeiro de 2011, e é condenado à prisão perpétua.
2012 (16 e 17 de junho) – Segundo turno das eleições presidenciais. Morsi ganha com 51,7%. Ele se torna o primeiro presidente eleito de maneira democrática na história do Egito – e também o primeiro islamita a assumir o poder.
2012 (30 de junho) – Mohamed Morsi toma posse após vencer as eleições presidenciais com 51,73% dos votos. Ele é o primeiro chefe de Estado egípcio a ser eleito democraticamente, e também o primeiro islamita e o primeiro civil a dirigir o país.
2012 (12 de agosto) – Morsi afasta o marechal Hussein Tantawi, ministro da Defesa, que se tornou chefe de Estado após a queda de Mubarak, e suspende as amplas prerrogativas políticas dos militares.
2012 (novembro) – Início de uma crise política desencadeada por um decreto em que Morsi estende seus poderes e os coloca acima de qualquer controle judicial. Um projeto de Constituição é aprovado pela Comissão Constitucional, que foi boicotada pela oposição de esquerda e laica, assim como pelos círculos cristãos.
2012 (5 de dezembro) – Protestos entre opositores e partidários do regime deixam sete mortes e centenas de feridos
2012 (entre 15 e 22 dezembro) – A Constituição defendida por islamitas é aprovada (cerca de 64%), após um referendo boicotado pela oposição.
2013 (janeiro) – Nova onda de violência entre manifestantes e policiais na véspera do segundo aniversário da revolta que derrubou Mubarak deixa 60 mortos em uma semana.
2013 (2 de junho) – A justiça invalida o Senado, que assume o poder legislativo na ausência da Assembleia, assim como a comissão que elaborou a Constituição. A Presidência reage dizendo que o Senado vai continuar a legislar até que novas eleições legislativas sejam realizadas, e que a lei fundamental é intocável.
2013 (24 de junho) – Ministro da Defesa declara que ‘as Forças Armadas têm o dever de intervir para impedir o Egito de mergulhar em um conflito’, na véspera do primeiro aniversário da eleição de Morsi. Os líderes da oposição já reivindicam a renúncia do presidente.
2013 (26-29 de junho) – Manifestações pró e anti-Morsi. Os confrontos causam oito mortes, incluindo a de um americano, principalmente em Alexandria e no Delta do Nilo.
2013 (1º de julho) – A oposição dá 24 horas a Morsi para que renuncie. O movimento Tamarrod (rebelião, em árabe) pede que o Exército “tome uma posição clara ao lado da vontade popular”. Pelo menos 16 pessoas morrem em confrontos.
2013 (3 de julho) – O Exército anuncia a deposição de Morsi e promete uma transição.
2013 (4 de julho) – O presidente interino, Adly Mansour, presta juramento ao cargo diante da assembleia geral do Supremo Tribunal Constitucional, a instância judicial que ele mesmo presidia até hoje.
(Fonte: http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2013/07/conheca-historia-do-egito- REVOLTA ÁRABE – Do G1, em São Paulo – 04/07/2013)