JOSÉ CORREIA PICANÇO (1745-1824), lente jubilado da Faculdade de Medicina de Coimbra (seria feito, mais tarde, Barão de Goiana, sua cidade natal. Por alvarás de 7 e 9 de fevereiro de 1808 D. João, restabeleceu os cargos de cirurgião-mor do exército e físico-mor do reino, na qual foi nomeado para o primeiro, o pernambucano Picanço. Aconselhado por ele, o princípe ordenou a criação imediata da Escola de Cirurgia do Salvador (carta régia de 2 abril de 1808), estruturadas no modelo português. A da Bahia tinha duas cadeiras (anatomia e operações; cirurgia especulativa e prática). A escola da Bahia transformou-se em Academia Médico-Cirúrgica. Em 1815, por carta régia de 29 de dezembro. Ficou com um currículo uniforme, de sete cadeiras. Os primeiros mestres. A organização dos cursos na Bahia foi confiada ao próprio Picanço, que escolheu e fez nomear os professores.
(Fonte: Enciclopédia Mirador -medicina – pág. 7433)
(Com a vinda da Família Real portuguesa ao Brasil, em 1808, José Correia Picanço, cirurgião-mor do reino e integrante da comitiva de D. João VI, valeu-se de seu prestígio para sugerir a criação do primeiro curso oficial de medicina no Brasil, em 1815. Primeira faculdade de medicina do País. Foi usado o antigo prédio onde funcionou o primeiro colégio do país, localizado em pleno pelourinho, centro histórico de Salvador na Bahia, o Colégio dos Jesuítas da Bahia, inaugurado em 1590, por onde passaram expoentes da cultura brasileira, como o poeta Gregório de Matos e o inconfidente Tomás Antonio Gonzaga).
(Fonte: Globo Ciência – Ano 8 – Nº 85)