Nair Benedicto, repórter-fotográfica, criadora em 1979 de uma das mais elogiadas agências de fotos de reportagem do país, a Agência F-4. A F-4 foi uma das primeiras agências do país.
Nair Benedicto formou-se em Rádio e Televisão pela Universidade de São Paulo em 1972, ano em que iniciou sua carreira de fotógrafa profissional trabalhando para a Alfa Comunicações.
Foi a primeira mulher a participar de manifestações na década de 1970, até então só feita por homens.
Nair foi designada delegada pela Unicef, durante 1988 e 89, para registrar a situação da mulher e criança na América Latina.
Nair Benedicto mostrou e lançou um livro individual em dezembro de 1988, em diversos ângulos do seu talento. São comentários irônicos, como o índio contando dinheiro; cenas dramáticas, como a seca no Ceará, ou flagrantes poéticos, como a mãe nicaraguense amamentando o filho.
(Fonte: Veja, 21 de dezembro de 1988 Edição n° 1059 ARTE Pág; 128/129)
NAIR BENEDICTO
Nasceu na capital paulista, em 1940, onde estudou na Universidade de São Paulo, formando-se em Rádio e Televisão em 1972 e passando a fotografar para a empresa Alfa Comunicações. Em 1979, fundou a Agência F/4 de Fotojornalismo, com Juca Martins, Delfim Martins e Ricardo Malta. A agência teve papel de primordial importância na discussão dos problemas da categoria, como direito autoral, crédito obrigatório e instituição de uma tabela de preços mínimos.
Em 1991, desligou-se da F/4 para fundar a N Imagens, que dirige até hoje. Neste mesmo ano, Nair integrou com Stefania Bril, Marcos Santilli, Rubens Fernandes Júnior e Fausto Chermont a equipe criadora do NAFoto (Núcleo dos Amigos da Fotografia), responsável pela realização dos eventos bienais Mês Internacional da Fotografia de São Paulo. Desde a década de 1970 Nair Benedicto se destacou pelo engajamento com as questões de cunho social, como a situação indígena, o problema dos trabalhadores sem terra e, sobretudo, a posição da mulher na sociedade brasileira, tendo sido comissionada pela Unicef para realizar, durante os anos de 1988 e 89, ampla documentação sobre a situação da criança e da mulher na América Latina. É autora dos livros: A greve do ABC (1980); A questão do menor [em parceria com Juca Martins](1980); e Nair Benedicto: as melhores fotos (1988). Tem seu trabalho representado em importantes instituições nacionais e estrangeiras, como o Museu da Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu de Arte de São Paulo e o Museum of Modern Art, New York.
(FONTE: Funarte – Biblioteca Virzionair)