Cristino Nicolaides, ex-comandante-em-chefe do exército e um dos líderes da ditadura argentina, que vigorou entre 1976 e 1983.
O militar, de 86 anos, deveria enfrentar em 7 de março um julgamento por 33 casos de sequestro de bebês durante a ditadura, no qual também serão julgados os ex-integrantes das juntas militares Jorge Videla, Reynaldo Bignone e outros quatro acusados.
Quinhentos casos de menores roubados de seus pais desaparecidos foram registrados na ditadura, segundo a organização humanitária Avós da Praça de Maio. Destes, 102 recuperaram sua identidade.
O ex-militar cumpria pena de prisão domiciliar na sua província natal de Córdoba, após ser condenado, em 2007, a 25 anos de prisão em outro caso de violação dos direitos humanos, no qual foi considerado culpado, com outros militares por denúncias de sequestros, torturas e desaparecimentos.
Nicolaides formou, com Rubén Franco e Augusto Hughes, a denominada quarta Junta Militar, que assumiu o poder após a Guerra das Malvinas, em 1982.
Nicolaides morreu dia 22 de janeiro de 2011, aos 86 anos, pouco mais de um mês depois de enfrentar um novo julgamento por crimes contra a humanidade.
(Fonte: Zero Hora – Memória – 24 de janeiro de 2011)