Dante de Oliveira, ex-governador de Mato Grosso e autor da emenda das Diretas Já.

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Dante de Oliveira, autor das ‘Diretas Já’

 

Dante de Oliveira (Cuiabá, 6 de fevereiro de 1952 – Cuiabá, 6 de julho de 2006), ex-governador de Mato Grosso e autor da emenda das “Diretas Já”, e candidato a deputado federal pelo PSDB.

Oliveira foi relator da emenda que propunha eleição direta para a Presidência da República, apresentada ao Congresso Nacional em 1983.

 

O ex-governador ficou conhecido pela autoria da emenda constitucional que restabelecia as eleições diretas para presidente da república, no movimento que resultou na campanha das ‘Diretas Já’.

 

Além de ter governado o estado do Mato Grosso, Dante ainda foi prefeito de Cuiabá três vezes, deputado federal por Mato Grosso, deputado estadual e ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário.

 

Além de governador de Mato Grosso por dois mandatos (entre 1995 e 1998 e depois de 1999 a 2002), Dante de Oliveira foi prefeito de Cuiabá e ministro da Reforma Agrária da gestão de José Sarney no Planalto.

Diretas Já

Nascido em Cuiabá em 1952, Dante cursou engenharia civil na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) de 1970 a 1976. Ingressou no MR-8 em 1974, quando o grupo já tinha desistido da luta armada e decidira entrar no MDB.

No MDB, tentou a Câmara de Cuiabá em 1976, sem êxito, mas elegeu-se deputado estadual em 1978. Rompeu com o MR-8 em 1982, ano em que foi eleito deputado federal. Graças ao prestígio obtido com as diretas, foi eleito prefeito de Cuiabá em 1985 (pelo PMDB) e 1992 (pelo PDT), e governador do Estado em 1994 (pelo PDT) e 1998 (pelo PSDB). Fracassou ao tentar o Senado em 2002.

Dante de Oliveira ficou conhecido à época das “Diretas Já” pela emenda constitucional que levou seu nome e propunha eleições diretas para Presidência da República em 1985.

A emenda foi encampada em 1983, no final da Ditadura Militar, quando Oliveira era então um jovem deputado federal pelo PMDB.

A proposta de emenda constitucional catalisou forte apoio popular e transformou-se num dos maiores movimentos políticos da história do Brasil.

Apesar da pressão da sociedade civil, a emenda constitucional foi rejeitada em plenário no dia 25 de abril de 1984.

Com a rejeição da emenda, a eleição para presidente da República de 1985 foi indireta, tendo o colégio eleitoral escolhido Tancredo Neves (PMDB) como presidente.

Acusação

Em um dos últimos capítulos da carreira política de Dante, ele chegou a sofrer a acusação de que o “comendador” João Arcanjo Ribeiro, preso em Cuiabá após ser condenado por liderar o crime organizado no Estado, bancara sua campanha à reeleição em 1998.

Dante sempre negou. O ex-gerente de Arcanjo Nilson Teixeira foi quem fez a acusação, em depoimento à Justiça Federal, em 2003.

Engenheiro civil, Dante de Oliveira também foi, por duas vezes, prefeito de Cuiabá, cidade onde nasceu. Mas ficou nacionalmente conhecido em 82, quando era deputado federal pelo PMDB.

Foi dele a emenda das “Diretas já” que previa a volta da eleição direta para presidência da República. A emenda não foi aprovada pelo Congresso, mas a mobilização nacional, na época, acabou sendo fundamental para o restabelecimento da democracia no país.

Dois anos depois, Dante de Oliveira se tornou ministro da Reforma Agrária do governo José Sarney, que assumiu no lugar de Tancredo Neves.

Dante de Oliveira estava afastado do cenário político há quatro anos, desde que deixou o governo de Mato Grosso, cargo que ocupou por duas vezes.

Em 2002, brigou por uma vaga no Senado, mas foi derrotado.

Aos 54 anos, queria voltar à vida pública. Pretendia se candidatar a deputado federal pelo PSDB.

Dante de Oliveira estava com pneumonia e passou mal, em casa, pela manhã. Exames feitos no hospital detectaram uma infecção generalizada. Ele também era diabético. Depois de sofrer duas paradas cardíacas, o ex-governador de Mato Grosso morreu, no Hospital Jardim Cuiabá, em Cuiabá.

(Fonte: http://g1.globo.com/jornaldaglobo – edição do dia 06/07/2006)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil – BARSIL / por PODER / da Folha Online / da Agência Folha – 06/07/2006)

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