Dante Milano, teve uma curiosa carreira, dentro da poesia moderna do Brasil

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Dante Milano (Rio de Janeiro, 16 de junho de 1899 -— Petrópolis, 15 de abril de 1991), poeta nascido em 1899 que teve uma curiosa carreira, dentro da poesia moderna do Brasil.

Poeta e tradutor carioca, um dos participantes da Semana de Arte Moderna de 1922. Segundo Manuel Bandeira, era um dos principais poetas do Modernismo, embora tenha publicado apenas um livro, a coletânea intitulada Poesias, editada em 1948 e reeditada em 1972.

Aliou-se ao movimento de 1922, mas mais por sua amizade com os participantes, ficando indiferente à estética revolucionária dos companheiros de Mário de Andrade. Como poeta, apegou-se aos temas clássicos, do vocabulário à técnica. E acabou transformando-se em teórico, com ensaios em prosas atacando a vanguarda artística dos amigos poetas.

Para si próprio, construiu um espaço neutro, longe da “agitação mundana” das artes: “As vanguardas literárias não têm nenhum inimigo à frente, e sim atrás, esperando que as vanguardas corram, cansem”. Como uma espécie de Fittipaldi do Modernismo, queria ganhar a corrida pelo cansaço dos competidores, estratégia quase sempre ineficaz.

Dante Milano faleceu em 15 de abril de 1991, aos 91 anos, de insuficiência respiratória, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

 

(Fonte: Veja, 27 de fevereiro de 1980 -– Edição 599 –- LIVROS/ Por Silviano Santiago –- Pág; 70)

(Fonte: Veja, 24 de abril de 1991 -– ANO 24 – Nº 17 – Edição 1179 –- DATAS –- Pág; 72)

 

 

 

 

 

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