Dick Giordano, artista, arte-finalista e ex-editor executivo da DC Comics
Richard Joseph Giordano (Manhattan, Nova York, 20 de julho de 1932 – Ormond Beach, Flórida, 27 de março de 2010), ilustrador e quadrinista norte-americano Richard Joseph Giordano, mais conhecido como Dick Giordano foi grande sucesso nas revistas da Marvel e da DC, com sagas famosas e crossovers.
Giordano, entrou para a DC Comics nos final dos anos 60, na qualidade de editor, mas alcançou a popularidade quando arte finalizou os desenhos de Neal Adams durante sua passagem pelas histórias do Batman. Na década de 70, Giordano também trabalhou com Adams na Continuity Studios, que lancou muitos nomes no mercado.
Incluem-se aí também a famosa dupla do Lanterna Verde com o Arqueiro Verde, além do primeiro crossover Marvel/DC de todos os tempo: Superman VS. Homem-Aranha, sem falar no inusitado Superman vs. Muhammad Ali.
Giordano tembém foi responsável por trazer vários personagens da extinta Charlton Comics para a DC Comics, como o Besouro Azul e o Capitão Átomo.
Nascido em Manhattan, em julho de 1932, Giordano começou sua carreira em 1951 como free-lancer para o estúdio de Jerry Iger (1903-1990), trabalhando na personagem Shenna. De lá, passou para a editora Charlton Comics, onde fez história: de desenhista passou a editor-chefe e lançou uma série de novos heróis, como Besouro Azul e Capitão Átomo, já na década de 1960. Como editor, ele era ótimo em trazer novos talentos para as HQs, como os desenhistas Jim Aparo (1932-2005) e Steve Skeates e o escritor Denny O’Neil.
Seu trabalho na Charlton chamou atenção da DC Comics, que o contratou em 1967. Trouxe para a nova editora os colaboradores que iniciara na Charlton. Foi lá também que começou uma parceria com o desenhista Neal Adams, que levaria à sociedade entre os dois na criação do Continuity, estúdio de HQ que funciona até hoje. Nesse meio tempo, além de desenhar, Giordano começou a destacar-se como arte-finalista – tem créditos, por exemplo, nas histórias clássicas de Arqueiro Verde/Lanterna Verde e em “Superman vs. Muhammad Ali”.
Em 1980, ele voltou à DC, contratado como editor dos títulos de Batman. Virou gerente editorial em 1981, depois vice-presidente/editor executivo em 1983. Daí até o início da década de 90, ele fez parte do triunvirato editorial Giordano / Jenette Kahn / Paul Levitz, que revitalizou a DC com Crise nas Infinitas Terras, o relançamento dos principais personagens da editora, Watchmen, O Cavaleiro das Trevas, outros sucessos de público (como Os Novos Titãs) e de crítica (como Monstro do Pântano), até eventos como o lançamento da linha Vertigo e a “Morte de Superman”.
Ele deixou a DC em 1993, após a morte da esposa, e começou uma semi-aposentadoria. Vez por outra ainda desenhou e arte-finalizou quadrinhos. Participou de um novo empreendimento, a Future Comics, com os colegas David Michelinie e Bob Layton, que durou pouco, de 2002 a 2004. Entre seus últimos trabalhos, estão os desenhos de uma edição especial de Jonah Hex, a 51, publicada em janeiro de 2010.
Embora tenho meio que se aposentado em 1993, ainda desenhou , entre outras coisas, algumas histórias do Fantasma , além da graphic novel Modesty Blaise.
Giordano deixa um grande legado por suas produções, mas também por ter sido o mentor de nomes como Terry Austin, Joe Rubinstein, Klaus Janson, Bob Layton e claro, vai fazer falta para quem fez parte daquela geração e também quem curte um bom quadrinho das antigas.
Dick Giordano faleceu na Flórida, em 27 de março de 2010, aos 77 anos – mais de 50 destes dedicados aos quadrinhos. Ele estava hospitalizado há semanas e a causa anunciada da morte foram complicações decorrentes de uma pneumonia.
(Fonte: https://omelete.uol.com.br/quadrinhos/noticia – QUADRINHOS – HQ/ LIVROS/ Por ÉRICO ASSIS – 28/03/2010)
(Fonte: https://100grana.wordpress.com/2010/03/28 – QUADRINHOS/ Publicado por em 28/03/10)