Dirigiu o primeiro jornal impresso em rotogravura da história

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“Não me dê conselhos, sei errar sozinho.”

Dirigiu o primeiro jornal impresso em rotogravura da história
Dino Segre (Turim, 9 de maio de 1893 – Turim, 8 de maio de 1975), internacionalmente famoso escritor Pitigrilli, o “enfant terrible” que nas décadas de 20 e 30 escandalizou o mundo com romances satíricos e eróticos como “A Virgem dos Dezoito Quilates”, ou “A Loira Dolicocéfala”.

Nascido em Saluzzo, na Itália, e tendo iniciado a vida como jornalista (dirigiu o primeiro jornal impresso em rotogravura da história), ele parou de publicar seus trabalhos depois da II Guerra Mundial. Mais tarde elaborou um romance que não mostrará mulheres fatais ou homens a rir delas. “Nostra Signora de Miss Tis”, obra seriamente religiosa terá como protagonista nada menos que Nossa Senhora – invisível, embora presente em todas as páginas.
(Fonte: Veja, 16 de outubro de 1974 – Edição n° 319 – LITERATURA – Pág; 111/112)

Pitigrilli (1893-1975)
Durante as décadas de 20 e 30 ele literalmente escandalizou o mundo com seus livros recheados de erotismo. Chegou mesmo a frequentar a barra dos tribunais, acusado de franca obscenidade. Como acontece com todas as modas, contudo, até a irreverência de Pitigrilli acabou cansando. E foi esquecido que Pitigrilli morreu, aos 82 anos, em Turim, no dia 8 de maio, horas depois de ter terminado um conto para uma publicação argentina.

Pitigrilli, cujo verdadeiro nome era Dino Segre, nasceu em Saluzzo, na Itália, em maio de 1893. Com pouco mais de 20 anos iniciou-se na carreira de jornalista. Depois, foi editor do semanário Epoca e da Gazzetta del Popolo e colaborou em diversas publicações estrangeiras. Acusado, durante a II Guerra Mundial, de informante fascista, decidiu mudar-se para a Argentina, onde ajudou Eva Perón a produzir seu livro autobiográfico “A Razão da Minha Vida”.

No total, escreveu 52 obras, praticamente todas elas cinicamente chocantes para a época de seu apogeu, o começo do século 20. Alguns de seus títulos: “Cocaína”, “Cinto da Castidade”, “A Virgem Dolicocéfala”, “Ultraje ao Pudor”. Apesar de seu sucesso comercial, contudo, os críticos invariavelmente o consideraram sem qualquer valor artístico. Até seus últimos dias não parou de trabalhar, embora nenhuma de suas obras mais recentes obtivesse repercussão. Em 1970, tinha-se “reconvertido” à fé e à espiritualidade e “apenas esperava o dia do encontro final”.
(Fonte: Veja, 14 de maio de 1975 – Edição n° 349 – LITERATURA – Pág; 73)

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