Djair Dantas Pereira de Macedo, advogado e jornalista.
“Jornalista não tem amigos nem inimigos.” Essa era uma das frases preferidas de Djair, que, em abril de 1975, iniciou o levantamento completo de casos de corrupção na administração do governador do Rio Grande do Norte, José Cortez Pereira, seu ex-professor no curso de Direito.
Suas investigações trariam à tona uma série de irregularidades que culminariam com a cassação, pelo AI-5, do ex- governador, do ex-deputado federal Ney Lopes de Souza e de outros três assessores do governo passado.
Casado, um filho, Djair iniciou sua carreira em 1967, como repórter da Tribuna do Norte,em Natal, trabalhando ainda na sucursal do Jornal do Comércio do Recife e no Diário de Natal.
Posteriormente, trabalhou em Veja, onde permaneceu até junho de 1976, quando passou a ser correspondente do Jornal do Brasil. Na manhã do dia 5 de abril de 1977, Djair regressava da Barreira do Inferno, de motocicleta, na RN-1, que liga Natal à praia de Ponta Negra, onde fora a serviço, quando algumas ovelhas atravessaram a pista, provocando o acidente, causando sua morte ao não resistir a uma hemorragia interna aguda, aos 32 anos.
(Fonte: Veja, 13 de abril de 1977 Edição n° 449 DATAS Pág; 103)