Djalma Marinho, um dos principais líderes políticos da história do Rio Grande do Norte e do Brasil.

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Djalma Marinho (São José do Campestre, Nova Cruz, RN, 30 de junho de 1908 – Natal, RN, 26 de dezembro de 1981), deputado federal(PDS-RN)

Deputado estadual por duas vezes e deputado federal por sete vezes, Djalma deixou marcas profundas na política do Estado.

Djalma Marinho, um dos principais líderes políticos da história do Rio Grande do Norte e do Brasil, foi homenageado dia 18 de novembro de 2008, na Assembléia Legislativa com o recebimento da placa e da medalha José Augusto, a mais importante concedida pela casa. Marinho foi deputado estadual por duas vezes e deputado federal por sete vezes.

Djalma é o mais importante político da família Marinho, que acumula 200 anos de influência no Estado. Formado em direito, foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e elaborou os estatutos da Arena, na qual militou durante anos. Em 1935, defendeu a libertação de mais de quinhentos presos políticos da Revolução Comunista.

Em Brasília, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados por diversas vezes. Hoje, a sala da Comissão carrega o seu nome. Ajudou a elaborar as Constituições de 36 e 47 e foi considerado um dos dez parlamentares mais atuantes do País na década de 60.

Em 1968, liderou o movimento contrário à cassação do deputado Episódio Márcio Moreira Alves, que havia feito discurso de oposição à ação dos militares. Os ministros militares reagiram e substituíram todos os membros da Arena no Congresso.

Djalma Marinho renunciou à presidência da CCJ e proferiu um dos mais belos e expressivos discursos já registrados pela Câmara. Os deputados rejeitaram o pedido de afastamento, o Congresso entrou em recesso e foi decretado o Ato Institucional no. 5.

Perdeu duas eleições no RN: para governador, em 1960, quando Aluízio Alves foi vencedor, e para o senador, em 1974, mas não cultivou inimizades. Era considerado um homem que fazia política para além das paixões, o que o colocava fora das pequenezas que costumam acompanhar as relações entre os donos do poder locais. “Eu me sinto meio estrangeiro na política do Rio Grande do Norte”, disse certa vez.

Boêmio, intelectual, humanista, liberal, generoso, desajeitado, bem-humorado, o potiguar que nasceu em São José do Campestre, no município de Nova Cruz, e já recebeu os títulos de cidadão natalense e Doutor Hononis Causa da UFRN, recebe agora a justa homenagem do Estado pelo qual dedicou toda a vida.

Marinho faleceu dia 26 de dezembro de 1981, vítima de edema pulmonar agudo, aos 78 anos, em Natal. O governador Lavoisier Maia decretou luto oficial de três dias em Rio Grande do Norte.

Confira algumas frases famosas de Djalma Marinho:

“Não há diálogo verdadeiro entre o senhor e o vassalo.”

“Nas minhas campanhas, ou mais pelas intenções que pelos resultados.”

“Política não é justiça. É preferência.”

“Todo candidato é um noivo: otimista. Os homens se dividem em sólidos, líquidos e gasosos.”

“Em política, o pior inimigo é o mais recente.”

“Meu tempo é dúvida e desejo vivê-lo integralmente.”

(Fonte: Zero Hora – ANO 48 – N.° 16. 883 – 27/12/11 – Há 30 anos em ZH – Pág; 47)
(Fonte: www.nominuto.com/noticias/politica/djalma-marinho-recebe-homenagem-da-assembleia-legislativa – Por Luana Ferreira – 18/11/2008)

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