Djenane Machado, estrela de várias novelas da Globo e intérprete de Bebel na versão original de “A Grande Família”

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Djenane Machado, a Bebel da 1ª versão de ‘A Grande Família’

Última aparição da artista na televisão foi em 1992 na novela ‘Novo Amor’ de Manoel Carlos

 

Djenane  Vasconcelos Machado (Rio de Janeiro, 10 de junho de 1951 – 29 de março de 2022), atriz que interpretou a personagem Bebel na primeira versão do seriado A Grande Família (1972), da TV Globo

 

Estrela de várias novelas da Globo e intérprete de Bebel na versão original de “A Grande Família”, Djenane fez a sua estreia na televisão aos 17 anos, na novela “Passo dos Ventos”, novela da Globo de 1968. E no ano seguinte emplacou nada menos que três novelas, “Rosa Rebelde”, “A Ponte dos Suspiros” e “Véu de Noiva”, além de estrear no cinema com a comédia “A Penúltima Donzela”.

 

Ela se transformou numa das principais atrizes da Globo, conquistando grande projeção com a personagem hippie Lucinha Esparadrapo na novela “O Cafona” (1971). Este sucesso foi seguido por outro marco em sua carreira, ao participar do núcleo da dupla Shazam (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio) em “O Primeiro Amor” (1972), em que pôde explorar sua capacidade cômica. Um dos maiores sucessos das 19h da Globo, a novela originou uma série derivada, focada justamente em Shazam e Xerife.

 

A versatilidade a fez ser escalada como Bebel, a filha de Lineu e Nenê, na primeira versão de “A Grande Família” em 1973. Mas durante as gravações, problemas de bastidores fizeram com que ela fosse substituída por Maria Cristina Nunes na 2ª temporada da série original.

 

A Globo a deixou na geladeira por três anos, período em que ela fez mais dois filmes, “As Alegres Vigaristas” (1974) e “Já Não se Faz Amor como Antigamente” (1976). O segundo foi um dos maiores êxitos da era das pornochanchadas, o que convenceu a emissora a voltar a escalá-la numa novela, trazendo-a de volta em 1976 no elenco de “Estúpido Cupido” (1976). E ela aproveitou a chance, roubando a cena dos demais colegas com o papel de Glorinha, filha de delegado, mas a mais louca integrante da turma de jovens rebeldes da trama.

 

Apesar da projeção, ela só teve mais dois papéis em novelas da emissora, como Lenita Esper, filha de um palhaço decadente (Lima Duarte) em “Espelho Mágico” (1977), e a Guiomar de “Ciranda de Pedra” (1981). Depois disso, apareceu em “Novo Amor” e “Tudo ou Nada”, ambas na TV Manchete, despedindo-se da televisão em 1986.

Antes de sair do ar, ela acrescentou mais três filmes à sua carreira: “Sábado Alucinante” (1977), inspirado na era das discotecas, “Águia na Cabeça” (1984), drama criminal sobre o jogo do bicho, e “Ópera do Malandro” (1986), adaptação do famoso musical de Chico Buarque.

A estreia de Djenane na televisão foi em 1968, na TV Globona novela Passo dos Ventosde Janete Clair. Em seguida vieram os folhetins Rosa Rebelde (1969), A Ponte dos Suspiros (1969), Véu de Noiva (1969), Assim Na Terra Como No Céu (1970), entre outros sucessos. Em 1971, a personagem Lucinha Esparadrapo, da novela O Cafona, de Bráulio Pedroso, caiu no gosto popular e foi o grande ápice da carreira da intérprete. Na obra, a atriz teve a oportunidade de atuar ao lado de Ary Fontoura, Carlos Vereza e Marco Nanini.

 

Em 2001 estreou o remake da série, que teve 14 temporadas no total e durou até 2014. A personagem Bebel foi vivida pela atriz Guta Stresser e o elenco teve nomes de peso da dramaturgia brasileira como Marieta Severo, Marco Nanini, Pedro Cardoso, Lúcio Mauro Filho, Andréa Beltrão, Rogério Cardoso, Tonico Pereira e outros.

 

No cinema, a atriz também fez parte do elenco das pornochanchadas dos anos 1970, além de atuar nos filmes Águia Na Cabeça (1984), de Paulo Thiago Ópera do Malandro (1986), de Ruy Guerra. Seu último trabalho na televisão foi em 1992 na novela Novo Amor, de Manoel Carlos.

 

A artista estava longe dos palcos e da televisão desde começo dos anos 1990. Djenane era filha do diretor Carlos Machado, que morreu em 1992 e era famoso no Rio de Janeiro pelo apelido ‘Rei da Noite’.

 

Nunca foi segredo que Djenane Machado enfrentava problemas com o vício, motivo de muitos de seus problemas profissionais. Com a morte do pai em 1992, ela mergulhou na depressão, mas se concentrou em lutar contra a dependência química. E passou a acreditar que só se curaria longe dos holofotes. Ela encerrou a carreira precocemente por escolha própria.

 

Foi casada duas vezes, mas não teve filhos, e vivia de maneira simples e discreta, em seu apartamento no Bairro Peixoto, no Rio, na companhia de uma cuidadora.

Djenane Machado faleceu em 29 de março de 2022, aos 70 anos.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE / por RAFAEL NASCIMENTO / ESTADÃO CONTEÚDO – 29 mar 2022)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / por Pipoca Moderna – 29/03/2022)

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