Dom Pedro II (Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 – Paris, 5 de dezembro de 1891), último imperador, o homem que governou o Brasil por meio século com “os valores de um republicano, com a minúcia de um burocrata e com a paixão de um patriota” deixou um exemplo de senso de dever, tolerância, liberalidade e quase inacreditável respeito pela liberdade de imprensa.
De todas essas características, a mais surpreendente é a fé republicana, como um monarca, de coroa, cetro e manto, além de mais poderes constitucionais do que sua prima e contemporânea, a rainha Vitória (o Poder Moderador), poderia defender um sistema de governo em defesa da tese republicana.
Pesam escritos do próprio Pedro II.
“Nasci para consagrar-me às letras e às ciências, e, a ocupar posição política, preferiria a de presidente da República ou ministro à de imperador”, escreveu ele numa espécie de auto-retrato feito em 1861 no diário habitualmente dedicado a registrar fatos mais rotineiros. Outros trechos reveladores:
“Jurei a Constituição; mas ainda que não a jurasse seria ela para mim uma segunda religião.”
“A nossa principal necessidade política é a liberdade de eleição; sem esta e a de imprensa não há sistema constitucional na realidade, e o ministério que transgride ou consente na transgressão desse princípio é o maior inimigo do estado e da monarquia.”
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(Fonte: Veja, 14 de novembro de 2007 – Ano 40 – Nº 45 – Edição 2034 – HISTÓRIA / Por Vilma Gryzinski – José Murilo de Carvalho – Pág: 109/119)
Pedro II: depois de 1871, ele se teria tornado “um parisiense”
(Fonte: Veja, 4 de setembro de 1996 – ANO 29 – Nº 36 – Edição 1460 – HISTÓRIA / Por ROBERTO POMPEU DE TOLEDO – “O Defensor Perpétuo do Brasil – Memórias Imaginárias do Último Imperador”, de Jean Soublin – Pág: 96/97)
O rei mochileiro
Diário inédito mostra as aventuras de dom Pedro II pelo Oriente Médio
(Fonte: Revista Veja, 17 de março de 1999 – ANO 32 – Nº 11 – Edição 1589 – História / Por Fernando Luna – Pág: 90/91)